Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Thiago Botter Maio |
Orientador(a): |
Kieling, Christian Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/99167
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Resumo: |
O presente trabalho busca revisar o conceito de interação gene-ambiente na etiologia da depressão maior em jovens e apresentar os resultados de uma tentativa de replicação dos resultados do estudo que originalmente identificou uma interação gene-ambiente (GxE) mensurável no desenvolvimento de quadros depressivos. Na busca pelas origens dos quadros depressivos, em um estudo com modelo inovador, Caspi et al. (2003) identificaram uma interrelação de variáveis genéticas e ambientais no mecanismo causal da depressão maior. O conceito de GxE foi alvo de intenso debate após sua primeira identificação, mantendo-se contraditório mesmo após a realização de três meta-análises. O artigo aqui apresentado buscou avaliar se a associação entre maus tratos na infância e episódio depressivo em jovens era moderada por um polimorfismo da região promotora do gene do transportador da serotonina (5-HTTLPR), assim como identificado no estudo original, desta vez em um contexto sociocultural distinto. Em uma coorte representativa da cidade de Pelotas/RS, seguida prospectivamente desde o nascimento, 5.249 indivíduos foram acompanhados até a idade de 18 anos (com uma taxa de retenção de 81,3%). As associações foram investigadas com análises de regressão logística e controle dos potenciais fatores de confusão. Os resultados replicaram integralmente as principais conclusões do estudo pioneiro, apesar das diferenças socioculturais. Houve uma modificação na relação dose-resposta entre maus tratos na infância e depressão maior de acordo com o genótipo 5-HTTLPR. Utilizando a estratégia de investigação mais semelhante possível, os principais resultados do estudo original puderam ser replicados em uma grande amostra de um contexto sociocultural totalmente diferente, reforçando a relevância da GxE na etiologia da depressão maior. |