Blendas poliméricas biodegradáveis a partir de gelatina e amido extraído de cascas de batatas (Solanum tuberosum)

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Osorio, Samara Dias
• Orientador(a): Santana, Ruth Marlene Campomanes
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Polímeros biodegradáveis; Blendas de polímeros; Casca de batata
• Palavras-chave em Inglês: Films; Blend; Gelatin; Starch; Glycerol
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/235537

O impacto ambiental provocado pela elevada demanda de materiais plásticos é considerado um dos maiores problemas da atualidade. Isso tem despertado a atenção de pesquisadores que buscam por alternativas mais sustentáveis. Dentre elas, os polímeros biodegradáveis de origem natural, como os polissacarídeos e as proteínas, se mostram interessantes devido a sua disponibilidade, baixa toxicidade, biodegradabilidade, características filmogênicas e custo relativamente baixo. No Brasil, a batata é plantada e colhida durante o ano todo e, com isso, em épocas de safra, a quantidade total produzida pode ser muito superior ao consumida, gerando uma superoferta e posteriormente se transformar em resíduo orgânico. Este resíduo apresenta potencial para produção de novos produtos com maior valor agregado em função da sua formação. A gelatina é outra matéria-prima que tem sido bastante explorada na literatura. Neste trabalho, inicialmente, objetivou o desenvolvimento de filmes de gelatina comercial e amido extraído de cascas de batatas, com diferentes teores (0, 10 %, 20 % e 30 %) do plastificante glicerol, via Casting. Os filmes apresentaram espessura para potencial aplicação como embalagem, claros e com boa aparência. Os filmes de gelatina mostraram-se mais resistentes à tração, ao comparar com filmes de amido extraído. Contudo, ambos os filmes apresentaram sensibilidade à água e à umidade. Ao avaliar o emprego do plastificante, foi observado que o mesmo influenciou nas propriedades mecânicas, ópticas e higroscópicas, mais notório em 30 %. E, com 20 % de glicerol, foram obtidos resultados mais promissores e por isso foi escolhido para dar continuidade à pesquisa. Logo, foram estudadas misturas dessas matérias-primas, isto é, blendas de gelatina/amido. Neste cenário, foram avaliados a influência de diferentes potenciais hidrogeniônicos - pH’s - (5, 7, 10 e 12) e de proporções distintas de gelatina e amido (20:80; 50:50; 80:20), e também a biodegradabilidade das blendas. Como resultado, foram obtidas blendas imiscíveis, o que consequentemente afetou as suas propriedades mecânicas. Em diferentes pH’s foram observadas características hidrofóbicas, no entanto, em proporções diferentes de gelatina/amido, os resultados de ângulo de contato e umidade foram inferiores. Além das propriedades higroscópicas, a razão de gelatina/amido também influenciou nas propriedades mecânicas e ópticas. Todas as blendas estudadas apresentaram alta biodegradabilidade.