Avaliação dos efeitos da dexametasona em órgãos do sistema imune - timo e bursa de fabricius- e em jejuno de frangos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Herpich, Juliana Inês
Orientador(a): Salle, Carlos Tadeu Pippi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202185
Resumo: A integridade do sistema imune e do trato gastrointestinal está diretamente relacionada à sanidade das aves e ao desempenho zootécnico. Com intenção de melhor compreender estes sistemas e sua interação, o presente estudo foi desenvolvido. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da dexametasona nos órgãos linfoides - timo e bursa de Fabricius (BF) - e nas estruturas do jejuno, relacionando-os entre si e ao peso final dos animais. Para tal, foram utilizadas 33 amostras de BF, timo e intestinos, os quais foram processados histologicamente e corados com H&E. As lâminas de BF e de timo foram avaliadas por pelo menos dois histopatologistas, sendo utilizada a moda para determinar o escore de depleção de cada amostra. Foram obtidas fotomicrografias digitais de dez vilosidades por jejuno, nas quais mensuraram-se o comprimento e a largura de vilo e a profundidade de uma cripta associada, a altura de núcleo de enterócito, o comprimento de núcleo e a altura de microvilosidade. As medições foram realizadas no Software Motic 2.0®. Após, foram aplicados testes estatísticos paramétricos, utilizando o Software SPSS e o Software JMP-SAS. Observou-se a média de 4,20g nas BF de aves controles, ao passo que em animais submetidos à dexametasona a média 0,74g (p<0,05). O peso relativo (PR) médio das BF controles foi de 0,26%, já em tratados o PR médio foi de 0,06%. Nos controles, a moda do escore de depleção das BF foi 1 e média 1,38. Por outro lado, BF de tratados apresentaram moda 3 e média 2,65 (p<0,05). Nos controles foi observada a média de peso do timo de 17,18g e PR de 1,08%. Já nos tratados a média foi de 6,3g (p<0,05) e PR de 0,57%. A média dos escores de depleção de timos das aves controles foi de 1,63 e moda de 2. Já nos animais tratados a média foi de 3,56 e moda de 3. Nas avaliações realizadas no intestino não houve significância estatística em profundidade de criptas, espessura de parede, tamanho de núcleo e microvilosidades (p>0,05). Intestinos de aves controles apresentaram comprimento em média 1366,4μm maiores e largura de vilosidades em média 58,4μm maiores que aves submetidas a tratamento (p<0,05). Aves tratadas obtiveram ganho de peso de 15,3% uma semana após o tratamento, enquanto aves controles apresentaram ganho de peso de 26,7% no mesmo período. Entre o peso do timo e o peso da BF obteve-se correlação de 93,1% e coeficiente de regressão (r2) de 86,7%. Da mesma forma, entre o peso do timo e o peso da ave foi visto um r2 de 86,4%. Já entre o peso de BF e peso da ave foi observado r2 de 71,8%. Por outro lado, os parâmetros avaliados nos intestinos não apresentaram correlações consideráveis. O comprimento de vilosidade obteve correlação com peso de timo próximo a 50% e r2 de 22,5%. Neste estudo foi possível avaliar os efeitos imunodepressores da dexametasona em timo e BF e nas estruturas do jejuno. Houve redução do ganho de peso das aves com a inoculação de dexametasona. Foi possível estabelecer relações entre sistema imune e peso final da ave e entre comprimento de vilos e peso do timo.