Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Diniz, Bruna Calabria |
Orientador(a): |
Nunez, Washington Peres |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/266135
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Resumo: |
A pesquisa relatada nesse trabalho buscou avaliar a possibilidade do emprego de misturas de solo e cal em pavimentos. Estudou-se um solo classificado como sendo Argissolo Vermelho, visando sua estabilização com dois tipos de cales (calcítica e dolomítica). Avaliou-se o comportamento mecânico das misturas, considerando o efeito de diferentes tempos de cura, teores e tipos de cal, além de analisar a evolução das reações entre solo e cal por meio de ensaios microestruturais e mineralógicos. Foram selecionados dois teores de cal (3% e 5%) para verificação de parâmetros mecânicos das misturas (resistência à compressão simples e resistência à tração por compressão diametral). Posteriormente, usou-se o teor de 5% para análise da evolução das reações cimentantes e do desempenho mecânico por meio de ensaios de resistência à tração na flexão visando o emprego dos resultados destes em análises mecanísticas. As misturas com cal calcítica, apresentaram resultados de resistência mecânica superiores às misturas com cal dolomítica. O solo mostrou-se reativo à cal calcítica, tendo sua resistência aumentada ao longo do tempo de cura. Nas análises relacionadas à microestrutura textural, observou-se o fechamento das matrizes ao longo do tempo de cura por meio de análises MEV. Todavia, observou-se que as misturas com cal dolomítica apresentaram-se mais porosas, com aspecto de folhas sobrepostas com um pó disperso sobre a matriz, atrelado às impurezas da cal. Quanto às análises mineralógicas, na mistura com cal calcítica, observouse o consumo quase total da cal até 180 dias, bem como progressivo consumo dos argilominerais caulinita, muscovita, além do quartzo. Enquanto que na mistura com cal dolomítica houve o surgimento de picos de calcita, além de baixíssimo consumo dos picos dos argilominerais. Análises mecanísticas indicaram que a adoção de sub-base de camada granular trabalhando em conjunto com a camada de solo-cal melhora o comportamento do pavimento. Tais análises mostraram ainda que os pavimentos nos quais se aplicou misturas com cal calcítica apresentaram vidas de serviço ligeiramente superiores àquelas obtidas para pavimentos com cal dolomítica. No geral, a pesquisa demonstrou que seria possível utilizar camadas de solo-cal em pavimentos, sendo as misturas com cal calcítica mais recomendadas. |