Caracterização das camadas superiores e inferiores da jazida de Candiota para estudos futuros de beneficiamento gravimétrico, visando o uso energético

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Souza, Karime Ferreira de
Orientador(a): Sampaio, Carlos Hoffmann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/56577
Resumo: O presente estudo visa determinar as principais características tecnológicas das camadas de carvão não mineradas (camadas superiores e inferiores) da Jazida de Candiota para estudos futuros de beneficiamento gravimétrico, visando o uso energético. Tais camadas (S2, S3, S4, S5, S6, S8, S9, BL, I1, I2, I3, I4 e I5) correspondem a um grande percentual de carvão que não é minerado na jazida e ainda não haviam sido completamente caracterizadas para tal uso. Essa jazida está localizada no estado do Rio Grande do Sul e representa a maior reserva brasileira de carvão. A empresa Companhia Riograndense de Mineração – CRM possui os direitos de exploração e mineração de parte desta jazida e para esse estudo, forneceu amostras de tais camadas extraídas de furos de sondagem (testemunhos). De acordo com a proposta de trabalho, foi avaliada a distribuição granulométrica destes carvões, além das análises imediata, elementar e densimétrica. Ainda, a fim de avaliar um possível beneficiamento gravimétrico, foram elaboradas suas curvas de lavabilidade. Tais curvas forneceram informações determinantes para este beneficiamento. Os principais resultados mostram que as camadas BL, I3 e I4, em seu estado bruto, atendem aos requisitos máximos dos teores de cinzas (53%) e de enxofre total (2%) exigidos pela usina termelétrica Presidente Médici. Ainda, as camadas S2, S6 e I5 apresentam teor de cinzas abaixo de 53%, apesar de teor de enxofre total acima de 2%. Estas camadas demonstram, aparentemente, uma melhor qualidade em relação às demais camadas analisadas. Para as camadas com teores de cinzas e enxofre total acima do exigido pela termelétrica, o seu uso poderia ser viabilizado por beneficiamento gravimétrico. No entanto, o desempenho de tal beneficiamento dependerá principalmente do valor de NGM e da densidade de corte de cada camada. Além disso, tal estudo mostra altas recuperações mássicas teóricas destas camadas em todas as faixas granulométricas determinadas e com baixos valores de enxofre total em qualquer corte densimétrico. No entanto, para isso, as frações mais densas não seriam consideradas. Assim, os resultados destes estudos mostram que as camadas não mineradas de Candiota apresentam potencial para o uso energético. Desta forma, é interessante para a empresa estudar com mais detalhamento a viabilidade econômica de um futuro processo de beneficiamento, possibilitando uma melhoria na qualidade do produto final e um maior aproveitamento das reservas de carvão.