Estudo das vias de síntese de nucleotídeos como alvos para reposicionamento de fármacos como anti-helmínticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Panesso, Marcelo Pasa
Orientador(a): Ferreira, Henrique Bunselmeyer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/248009
Resumo: As helmintíases são doenças causadas por helmintos parasitas, sendo de grande importância para a saúde humana. O tratamento dessas doenças é realizado com fármacos anti-helmínticos, no entanto o risco do surgimento de resistência a eles faz com que novas alternativas sejam necessárias. Vários parasitos dependem exclusivamente da recuperação de nucleotídeos do hospedeiro, sendo esse processo alvo de vários fármacos utilizados no tratamento de doenças infecciosas e câncer possibilitando o reposicionamento de fármacos como anti-helmínticos. Neste trabalho foram identificadas as enzimas que compõe a via de recuperação de purinas e pirimidinas de Echinococcus granulosus (Platyhelminthes, Cestoda). Utilizando bancos de dados de drogabilidade as enzimas foram comparadas com alvos farmacológicos conhecidos e aquelas que apresentaram maior potencial foram selecionadas para análises evolutivas. Os resultados encontrados sugerem que a via de recuperação de purinas de E. granulosus utiliza principalmente as enzimas fosforribosiltransferase e nucleosideo-fosforilase para a captação de bases nitrogenadas (diretamente) e nucleosídeos (indiretamente) além de ser incapaz de converter GMP em AMP. A via de recuperação de pirimidinas mostra que E. granulosus pode captar nucleosídeo e bases nitrogenadas com o uso das enzimas fosforribosiltransferase e nucleosídeo-quinase. As enzimas IMP-desidrogenase, adenosina-desaminase, ribonucleotídeo-redutase e timidilato-sintase estão entre as mais drogáveis aqui encontradas. As análises evolutivas mostraram o potencial dessas enzimas como alvos de antihelmínticos de amplo espectro. Os dados aqui gerados permitem selecionar alvos para estudos posteriores para a obtenção de novos anti-helmínticos.