Avaliação de método de identificação molecular e distribuição das espécies do complexo Acinetobacter calcoaceticus-Acinetobacter baumannii em dois hospitais de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Teixeira, Aline Borges
Orientador(a): Barth, Afonso Luis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/72419
Resumo: Introdução: O gênero Acinetobacter sp apresenta considerável heterogeneidade possuindo inúmeras espécies. Atualmente, 23 espécies já foram nomeadas e nove outras espécies já foram descritas. Quatro destas espécies possuem contextos clínicos e epidemiológicos diferentes, no entanto são agrupadas em um complexo denominado Acinetobacter calcoaceticus-Acinetobacter baumannii (ABC) devido à sua similaridade genética e fenotípica. Diversos testes para diferenciação do complexo já foram descritos, porém a maioria não pode ser realizado na rotina laboratorial, pois são caros e laboriosos. Objetivos: Avaliar um método rápido e viável na rotina laboratorial, capaz de diferenciar as espécies do complexo ABC; Determinar a prevalência das diferentes espécies do complexo ABC; Avaliar o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos nas diferentes espécies. Métodos: Foram analisadas 118 amostras de dois hospitais de Porto Alegre-RS através do método Multiplex PCR para o gene gyrB e posteriormente confirmadas pelo padrão-ouro: sequenciamento do 16S-23S ITS. O perfil de suscetibilidade foi realizado através de microdiluição em caldo. Resultados: Das 118 amostras identificadas inicialmente como Acinetobacter sp., a grande maioria dos isolados (106 -89.9%) foram identificados como A. baumannii; mas doze isolados foram identificados como sendo das demais espécies do complexo ABC: 6 (5.1%) A. nosocomialis, 5 (4.2%) A. pittii, e 1 (0.8%) A. genoespécie 10, através da técnica de Multiplex PCR. Todos os resultados foram confirmados por sequenciamento. A. baumannii apresentou um elevado nível (72,6%) de resistência ao imipenem em comparação com as outras espécies seguido da espécie A. nosocomialis que apresentou metade de seus isolados resistentes. Todas as espécies apresentaram baixos índices (inferior a 7,5%) de resistência à Polimixina B e Tigeciclina. Conclusão: O Multiplex PCR para o gene gyrB apresentou resultados fidedignos quando comparados ao padrão-ouro, demonstrando, assim, ser um método confiável para a identificação das espécies do complexo ABC. Outras espécies, além de A. baumannii, ABC podem apresentar percentuais significativos de resistência ao imipenem.