Circunferência abdominal (CA) e índice massa corporal (IMC) em adolescentes brasileiros : implicações no desenvolvimento de resistência insulínica e diabetes tipo 2 : um estudo do ERICA (Estudo Nacional de Fatores de Risco Cardiovascular em Adolescentes)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bandeira, Cesar Pirajá
Orientador(a): Schaan, Beatriz D'Agord
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/263471
Resumo: Introdução: A obesidade e o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) são problemas crescentes de saúde pública em todo o mundo. Medidas antropométricas, como índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (CA), têm sido utilizadas como preditores de risco de doença cardiovascular. A relação entre essas medidas e o risco de DM2 em adolescentes, no entanto, não é totalmente compreendida. Este estudo teve como objetivo investigar a associação das combinações de IMC e CA com resistência à insulina e risco de DM2 em uma amostra grande e representativa de adolescentes brasileiros. Metodologia: Estudo transversal que utilizou dados do Estudo Brasileiro de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), realizado entre 2013-2014, que incluiu adolescentes de 12 a 17 anos de escolas públicas e privadas. Os participantes foram classificados em seis grupos de acordo com suas medidas antropométricas - IMC e CA. Para estudar a associação entre as categorias de adiposidade e a ocorrência de resistência à insulina, foram utilizados modelos de regressão linear. A relação entre adiposidade e pré-diabetes ou DM2 foi investigada utilizando modelos de regressão logística ordinal. Resultados: Foram incluídos 37.892 adolescentes. A prevalência de pré-DM e DM2 para a mesma categoria de IMC não aumentou com a presença de CA elevada. Em relação à resistência à insulina, para as mesmas categorias de IMC, ter CA elevada resultou em maior prevalência de HOMA-IR alterado. Na regressão logística ordinal, os únicos grupos com associação significativa (p<0,05) foram aqueles com obesidade definida por IMC com CA elevada e obesidade com CA normal, ORPs respectivos de 1,96 (1,31-2,95) e 1,61 (1,37-1,88). Resultados semelhantes foram observados na relação entre os grupos e a resistência à insulina, onde o aumento da circunferência da cintura teve seu maior efeito quando associado à obesidade pelo índice de massa corporal (IMC). Conclusão: A combinação de IMC e CA é melhor para avaliar adolescentes em risco de desenvolver doenças crônicas, como DM2, e deve ser usada em conjunto durante a prática médica.