Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Conceição, Diênifer Monique da |
Orientador(a): |
Silva, André Luiz dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/285387
|
Resumo: |
Cidade localizada na região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o município de Novo Hamburgo constitui a região do Vale dos Sinos. Com índices significativos em tentativas de feminicídio do estado, Novo Hamburgo é uma cidade que, ao mesmo passo que enaltece a colonização alemã, invisibiliza trajetória da comunidade negra que já existia antes da chegada dos colonizadores. É nesse contexto que esta pesquisa se situa, e seu objetivo é analisar, através das narrativas de seis mulheres negras que vivem em contextos de violência de gênero em Novo Hamburgo, as dinâmicas do cotidiano e as possibilidades de lazer. A partir do mapa da violência contra mulheres pretas e partas de Novo Hamburgo, o estudo utiliza a oralidade e a escrevivência como ferramentas de produção e análise das conversas com seis interlocutoras, mulheres negras moradoras desse território. No processo de realização da pesquisa, compreendemos que o ‘termo’ lazer não parece fazer sentido para as interlocutoras, mas essas mulheres negras narram a “correria” em seus cotidianos. Essa categoria emerge do campo, pode ser experenciada de várias formas e faz com que compreendamos que é um agente importante na organização e dinâmicas da vida dessas mulheres. De forma relacional à “correia”, tem-se a categoria “fazer um monte da nada”, a qual se caracteriza por uma determinada condição de usufruto da experiência (de uma certa noção de tranquilidade) na correria, algo que não dá garantias de continuidade, sendo assim, efêmero. Ao mesmo passo, nessa região, a violência reorganiza a correria, não suspendendo do cotidiano, mas intensificando a correria e podendo acionar manejos/inventividades/violências para um reestabelecimento da correria cotidiana. A violência, portanto, compõe a correria, assim como o “fazer um monte de nada”. |