Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Scarabelot, Vanessa Leal |
Orientador(a): |
Torres, Iraci Lucena da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/28340
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Resumo: |
A saliva desempenha um importante papel na manutenção das condições fisiológicas da cavidade bucal. As reduções na quantidade de saliva são conhecidas por aumentar o risco de doenças bucais. Xerostomia ou percepção de boca seca é reconhecida como um importante fator de risco para doenças dentárias. Além disso, é uma condição debilitante que tem impactos sobre a qualidade de vida dos portadores. Este estudo objetiva traçar o perfil do paciente com esta sintomatologia, investigando a relação com idade, hipossalivação, síndrome de ardência bucal, sintomas depressivos, ansiedade, transtornos de sono, dor crônica, doenças sistêmicas e utilização de medicamentos de uso contínuo. Um total de 34 pacientes recrutados no ambulatório de estomatologia do HCPA e da FO/UFRGS com queixa de boca seca por pelo menos três meses foram incluídos. Pacientes com doenças sistêmicas não compensadas e aqueles que haviam sofrido radiação na região de cabeça e pescoço foram excluídos. Um questionário sócio-demográfico estruturado e escalas validadas para xerostomia, ardência bucal, sintomas depressivos, ansiedade, dor crônica e transtornos de sono foram aplicados. Em seguida foram realizadas medidas de fluxo salivar espontâneo e estimulado pelo método de expectoração salivar. Exames laboratoriais foram solicitados para avaliação de hemograma e taxas de glicose, vitamina B12, ferritina e ácido fólico. A análise estatística descritiva foi obtida utilizando-se o SPSS 18.0. A correlação entre hipossalivação e dados quantitativos foi determinada utilizando um modelo de regressão multivariada. Valores de P inferiores a 0,05 foram considerados significativos. A amostra final demonstrou predominância de mulheres (27), não fumantes, a média de idade foi de 56,88±2,58. Doenças sistêmicas compensadas estiveram presentes em 73,52%, 82,35% utilizavam medicações sendo as mais prevalentes antidpressivos, ansiolíticos e antidepressivos. Hipossalivação foi encontrada em 55,9% sendo negativamente correlacionada com a gravidade do distúrbio do sono no IQSP (β = -0,531, IC95%, 0,404-0,855) e positivamente correlacionada com o escore de ardência bucal na EAV (β = 0,26, 95% CI, 1, 002-1,678) p<0,05 que esteve presente em 73,52% dos pacientes. Em resumo, estes resultados demonstram que, embora não tenha sido encontrada associação significativa entre características sócio-demográficas e xerostomia e/ou hipossalivação, pacientes com xerostomia são predominantemente mulheres no período peri - menopausa, residentes em áreas urbanas que utilizam diferentes grupos de medicamentos. É importante salientar que estes resultados são provenientes de um estudo transversal que não permite determinar riscos absolutos. Para tanto, é importante o desenvolvimento de estudos longitudinais que permitam estabelecer esta relação. |