Estresse térmico na produção de leite de bovinos leiteiros da raça Girolando utilizando modelo de regressão aleatória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rosa, Maíza Scheleski da
Orientador(a): Cobuci, Jaime Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
THI
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197815
Resumo: O efeito do estresse térmico é de suma importância para a produção de leite em países como o Brasil, o qual tem predominância de clima temperado juntamente com altos Índices de temperatura e umidade durante o ano, além disso a raça Girolando, por ser a mais criada no país, tem grande relevância na pecuária leiteira. Contudo, são poucas as pesquisas que avaliam o efeito do estresse térmico nos componentes genéticos dos diferentes grupos genéticos da raça Girolando. Um estudo foi realizado com o objetivo de investigar o efeito do estresse térmico, assim como os componentes genéticos que influenciam na tolerância ao estresse térmico, nas curvas de lactação de diferentes grupos genéticos de vacas da raça Girolando. Um total de 50.196 registros de produção de leite, datados de 2001 a 2015, referente a 7.126 vacas de primeira lactação, pertencentes a sete grupos genéticos da raça Girolando (1/4H, 3/8H, 1/2H, 5/8H, 3/4H, 7/8H Holandês-Gir e o puro sintético), foram analisados. Dois modelos (M1 e M2) foram utilizados de modo a demonstrar a importância da inclusão do grupo genético como efeito fixo. Na estimação dos componentes de variância e de parâmetros genéticos, foi utilizado o método de Máxima Verossimilhança Restrita (REML), através do software REMLF90. Não foi possível constatar um limiar de estresse térmico. Perdas significativas foram observadas no início da lactação (-0,03 a -0,05 kg/dia/ITU), sendo que apenas para os grupos genéticos 1/2H e 7/8H foi possível observar perdas significativas na produção de leite. O modelo de melhor ajuste foi o M2 e as herdabilidades, variâncias genética aditiva e de efeito permanente calculadas por ele para produção de leite variaram de 0,18 a 0,20; 4,13 a 3,74 e de 11,34 a 7,53, respectivamente. . Diferença entre os méritos genéticos dos grupos foi constatada, assim como uma tendência de maiores valores genéticos juntamente com maiores valores de ITU. A raça Girolando tem sua produção de leite afetada pelos valores de ITU, e seus grupos genéticos são afetados em diferentes intensidades pelo estresse térmico, possibilitando assim a seleção de animais mais tolerantes para essa variável.