Geocronologia U-Pb em zircões do Complexo Carbonatítico Seis Lagos e depósito de Nb associado (Amazonas, Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rossoni, Marco Bimkowski
Orientador(a): Bastos Neto, Artur Cezar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/156431
Resumo: O depósito do Morro dos Seis Lagos (DMSL) é o maior depósito de Nb até hoje encontrado. A mineralização é laterítica, ocorrendo associada ao corpo principal do Complexo Carbonatítico Seis Lagos (CCSL). Este trabalho apresenta resultados da datação U-Pb (por MC-ICP-MS com LASER acoplado) de zircões de sete amostras abrangendo todos os tipos litológicos conhecidos no CCSL/DMSL: rocha encaixante (gnaisse), veio de feldspato na encaixante, siderita carbonatito (3 amostras) e crostas ferruginosas mineralizadas em Nb (2 amostras). Os zircões do gnaisse e do veio de feldspato forneceram idades de, respectivamente, 1.826 ± 9 Ma e 1.839 ± 29 Ma, as quais mostram que a litofácies Tarsira do Complexo Cauaburi (o embasamento do Domínio Imeri na Província Rio Negro) é de 16 Ma a 29 Ma mais antiga do que o anteriormente suposto. Os zircões de duas amostras de carbonatito forneceram idades de 1.837 ± 8 Ma e 1.841 ± 7 Ma, as mais antigas encontradas no Domínio Imeri no Brasil, interpretadas como relacionadas a rochas profundas, cujos zircões foram capturados pelo magma carbonatitico durante sua ascensão A idade de 1.818 ± 8 Ma obtida em zircões da crosta pisolítica indica que o Complexo Cauaburi foi uma importante fonte para os clastos presentes nesta crosta. A idade de 1.873 ± 70 em zircões da crosta fragmentada pode indicar que rochas mais antigas, de outra provincia, também participaram como fonte de clastos para a cobertura laterítica do CCSL. Os zircões de uma amostra de carbonatito da parte central do corpo forneceram duas idades: 1.841 ± 7 Ma e 1.457 ± 71 Ma. Esta última idade é interpretada como a idade máxima do CCSL. Análises por microssonda eletrônica indicam que os zircões mesoproterozoicos têm alguma afinidade com carbonatito. A possibilidade do CCSL ter uma idade mesoproterozoica é discutida à luz do atual conhecimento da evolução geológica da Província Rio Negro, concluindo-se por uma relação com a evolução do Cinturão K’Mudku.