Governança inovativa : a relação estado-empresas na implementação do prosoft pelo BNDES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza Júnior, Robson Rocha de
Orientador(a): Garcia, Sandro Ruduit
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/236108
Resumo: O presente estudo tem o propósito de analisar como a governança inovativa, formada pela articulação entre a intervenção estratégica do Estado no processo inovativo e o planejamento estratégico das empresas, interfere nas competências inovativas de esforço e de desempenho das empresas. A pesquisa discute o suposto mais geral de que quanto mais arrojada e transformadora for a governança inovativa, tanto maior tende a ser o efeito positivo no conjunto das competências inovativas das empresas fomentadas. O contexto empírico da análise se refere à parceria formada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) com quatro empresas do setor de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (SSTI) no âmbito do Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (Prosoft) (1997-2017): TOTVS, Linx, Sinqia e Liq. Logo, o estudo tem o objetivo mais preciso de analisar como a governança inovativa entre a intervenção estratégica adotada pelo BNDES no Prosoft e o planejamento estratégico daquelas quatro empresas (TOTVS, Linx, Sinqia e Liq) interferiu na competência inovativa das empresas. Para tanto, foi fundamental: a) descrever e analisar o tipo de intervenção estratégica adotado pelo BNDES no Prosoft; b) analisar o tipo de planejamento estratégico que as empresas beneficiadas pelo BNDES no Prosoft adotaram na organização de suas competências inovativas; c) analisar a variação das competências inovativas das empresas beneficiadas a partir de sua relação com o BNDES no Prosoft; d) contrastar e tipificar os diferentes resultados verificados na variação das competências inovativas das empresas beneficiadas pelo BNDES no Prosoft. O modelo de análise que orientou a investigação foi construído a partir de um debate teórico que levou em consideração uma série de contribuições que analisaram o papel do Estado e das empresas no processo inovativo, o que colocou em relevo a importância dessas duas formas de gestão, sobretudo em Sistemas de Inovação em estágio de consolidação, como é o caso do setor de SSTI no Brasil. A pesquisa tem caráter longitudinal, foi construída a partir de fontes secundárias (documentos do BNDES e das quatro empresas analisadas, bem como entrevistas realizadas por seus gestores na imprensa) e fontes primárias (entrevistas com funcionários das empresas analisadas) e adotou, como procedimento analítico, tanto a análise de conteúdo, quanto a estatística descritiva. Apesar de as empresas terem acessado o mesmo programa de fomento, constatou-se que essas empresas apresentaram respostas variadas em função de seu planejamento estratégico e das competências inovativas consolidadas em sua trajetória no setor de SSTI nacional, o que lhes permitiu acessar com maior ou menor qualificação as oportunidades do Prosoft e incrementar, quantitativa e qualitativamente, suas competências inovativas de esforço. No que se refere às competências inovativas de desempenho, não foi possível detectar a mesma relação.