Revisão do gênero Eurystethus Mayr, 1864 (Hemiptera: Pentatomidae: Discocephalinae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Correia, André Oliveira
Orientador(a): Campos, Luiz Alexandre
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/254172
Resumo: O gênero Eurystethus foi proposto como monotípico por Mayr em 1864 para alocar E. nigropunctatus. Ruckes, em 1958, descreveu e incluiu E. ellipsoidalis, e em 1966, ao revisar o gênero, incluiu mais quinze espécies e as distribuiu em dois subgêneros: Hispidisoma, com sete espécies com os olhos e o pronoto cerdosos, e projeções (como espinhos) na margem da cabeça e nos ápices do pronoto; e o nominal Eurystethus, com nove espécies sem cerdas nos olhos nem nas margens do pronoto, e com dentículos pequenos na margem da cabeça e ápice anterior do pronoto. No mesmo ano, Becker descreveu mais duas espécies para o gênero (E. goianensis e E. deplanatus), não incluídas em nenhum subgênero, totalizando dezoito espécies em Eurystethus. Praticamente não há ilustrações de caracteres com valor sistemático na revisão de Ruckes, o que contribui para Eurystethus permanecer um gênero pouco conhecido, com espécies de difícil separação, identificação e diferenciação, o que impede ou inibe a descrição de espécies novas, levando a uma provável subestimação da diversidade do gênero. O presente trabalho, organizado em três capítulos, possibilitou a revisão do gênero Eurystethus. Através de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) as sensilas interomatidiais, caráter importante na taxonomia de Eurystethus, são estudadas em vinte espécies, das quais 18 Discocephalini, um Ochlerini e um Edessinae. Concluiu-se que essa característica vinha sendo abordada de forma incorreta, uma vez que, ao contrário do documentado na literatura, dezenove das vinte espécies analisadas apresentaram algum tipo de sensila entre os omatídeos, que incluem espécies do subgênero Eurystethus. Observou-se que as sensilas também podem ser removidas com facilidade, o que impede sua detecção através de microscopia óptica tradicional. Soma-se o fato de que muitas espécies do gênero possuem variações em sua morfologia que se encaixam em ambos os subgêneros, ou em nenhum, como as formas da unidade intercalar do lábio e a presença ou ausência das sensilas. Por essa razão, nenhuma das espécies aqui trabalhadas foram classificadas dentro dos subgêneros de Eurystethus. Após consulta do material tipo e outros exemplares emprestados coleções nacionais e internacionais, obteve-se um extenso número de registros de Eurystethus. Isto possibilitou a revisão taxonômica do gênero: com a proposição de arranjos nomenclaturais para as espécies E. goianensis e E. deplanatus, considerados sinônimos júnior de E. ornatus e E. variegatus, respectivamente; bem como a descrição de E. jo, E. multipunctatus e E. rufodorsatus, além de mais dezessete novas espécies (E. sp. 22, E. sp. 27, E. sp. 5, E. sp. 18, E. sp. 3, E. sp. 21, E. sp. 16, E. sp. 23, E. sp. 52, E. sp. 40, E. sp. 45, E. sp. 39, E. sp. 26, E. sp. 7, E. sp. 34, E. sp. 20, E. sp. 36) e uma chave dicotômica para incluir ix todos os Eurystethus.