Validação do questionário diagnóstico de roma III para dispepsia funcional em língua portuguesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Reisswitz, Pâmela Schitz von
Orientador(a): Francisconi, Carlos Fernando de Magalhães
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/24660
Resumo: Introdução: Define-se dispepsia funcional (DF) por dor ou desconforto centrado no abdômen superior, na ausência de lesões estruturais que expliquem os sintomas. Apesar de muito prevalente, a DF permanece sendo uma entidade de difícil estudo, pela falta de ferramentas adequadas para mensuração de desfechos significativos. Isto acontece porque a DF não possui um substrato anatômico ou fisiopatológico mensurável, e, portanto, torna-se obrigatória a valorização de aspectos subjetivos para se quantificar benefícios de intervenções terapêuticas. Objetivo: Validar o Questionário Diagnóstico de Roma III para Dispepsia Funcional na língua portuguesa. Métodos: O questionário foi traduzido seguindo as recomendações do Grupo de Roma. O grupo de casos foi formado por 109 pacientes consecutivos com DF, que responderam o questionário em 4 momentos diferentes. Já o grupo de controles, foi composto por 100 doadores de sangue consecutivos, sem relato de sintomas digestivos. As seguintes propriedades clinimétricas foram avaliadas: consistência interna (através do alfa de Cronbach), reprodutibilidade, responsividade (através do X² de McNemar), validade discriminante (através do X² de Pearson), validade de conteúdo. Resultados: O Coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,92. O questionário mostrou-se reprodutível, indicando que os pacientes responderam de maneira parecida nos dois momentos em que o questionário foi aplicado, a discordância entre as respostas não foi significativa (p=1,00). O questionário foi capaz de identificar alterações quando elas ocorreram, de maneira significativa (p<0,01). Os dois gastroenterologistas “cegos” concordaram que o questionário avalia DF. Quando comparamos as respostas dos casos com os controles (pareados por sexo e idade) o questionário indicou que 5,3% dos controles tinha DF, contra 91,2% dos pacientes, uma diferença significativa (p<0,01). Conclusão: O Questionário Diagnóstico de Roma III para Dispepsia Funcional está pronto para ser utilizado em estudos na língua portuguesa, tendo sido validado com sucesso.