O perfil e os desafios do educador em física na perspectiva das diretrizes curriculares nacionais de 2015 : a formação de profissionais críticos à educação básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pinheiro, Lisiane Araújo
Orientador(a): Massoni, Neusa Teresinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/229352
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi investigar diferentes aspectos relacionados ao perfil do professor de Física e à formação de professores para a Educação Básica. Em um primeiro estudo, procuramos construir o perfil esperado do professor de Física para o Ensino Médio com base na análise de políticas públicas, o confrontando com o perfil pretendido, segundo a legislação que orienta a formação inicial no Ensino Superior, especialmente as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica (DCNFP) de 2015. O Estudo I é um estudo de caso instrumental-documental, na acepção de Stake, e fez uso de técnicas de análise baseadas na Teoria Fundamentada, em que o traçado desses dois perfis permitiu perceber convergências e certas divergências nas respectivas legislações, que foram agrupadas em dois blocos – Bloco 1, legislação sobre o Ensino Médio; Bloco 2, legislação sobre a formação inicial de professores, com especial foco na formação de professores de Física –, em que tomamos como caso os cursos de Licenciatura em Física da UFRGS. Evidenciamos que existia, até 2015, uma legislação avançada e uma literatura fértil à discussão acadêmica, ao aprofundamento de conceitos, e que propiciava a implementação de melhorias no ensino e na formação docente, mas revelou também que o perfil do professor de Física tem se complexificado nas últimas décadas. O Estudo II é um estudo investigativo e teve o objetivo de identificar concepções, opiniões, sugestões, críticas e percepções de representantes de três grupos de agentes: licenciandos, professores atuantes egressos da Licenciatura da UFRGS e professores formadores, especialmente os envolvidos na reestruturação curricular dos cursos de Licenciatura da UFRGS decorrentes das DCNFP de 2015. Os resultados revelaram achados surpreendentes, tanto de desencanto com o currículo, por exemplo, o foco na sólida formação específica e a pouca articulação teoria-prática, a ausência de vivências interdisciplinares, uma frágil compreensão da contextualização; e de outro lado, o surgimento de novas e positivas expectativas à medida que os licenciandos avançam no curso. A análise indicou, em grande medida, um alinhamento de expectativas dos diferentes agentes investigados com respeito à reestruturação curricular decorrente da legislação de formação de professores para a Educação Básica, e permitiu identificar a interdisciplinaridade como uma vivência que a escola espera do professor crítico e preparado para o século XXI. O Estudo III é um estudo propositivo em que uma disciplina interdepartamental foi sugerida e implementada como forma de propiciar vivências interdisciplinares na Licenciatura em Física na UFRGS. O nascimento da proposta, o planejamento da disciplina e a imersão participativa nas duas primeiras aplicações são narradas. A Análise mostra uma evolução de uma proposta originalmente pouco amadurecida do ponto de vista interdisciplinar para uma versão com características tipicamente de vivência interdisciplinar na acepção de Fazenda, em que as vozes dos agentes (licenciandos e docentes formadores) atestam positivamente para essa iniciativa.