Estudo da fenologia de espécies arbóreas em uma floresta semidecídua no Parque Estadual de Itapuã, Viamão, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Bencke, Cinara Salete Curra
Orientador(a): Oliveira, Paulo Luiz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10000
Resumo: O presente estudo foi realizado em uma floresta semidecídua no Parque Estadual de Itapuã, no município de Viamão, RS. Este trabalho teve como objetivos: a) descrever e comparar o comportamento fenológico de espécies arbóreas em duas formações fisionômica distintas – uma área de interior de floresta e outra de borda; b) realizar análises de correlação entre as fenofases e as variáveis climáticas pluviosidade e temperatura para o período de estudo e para os seis meses anteriores, e também verificar a existência de correlação entre as fenofases e os dados médios de pluviosidade e temperatura para um período de 30 anos; e c) verificar a existência (ou não) de sazonalidade nas áreas amostradas. O clima da região é subtropical úmido sem estação seca, com temperatura média anual em torno de 19,5oC. A precipitação anual varia entre 1.100 e 1.300 mm e as chuvas são bem distribuídas ao longo do ano. Dados de floração, frutificação, queda foliar e brotamento foram coletados mensalmente para um total de 54 espécies no período entre outubro/2002 e março/2004. As relações entre as fenofases vegetativas e as variáveis climáticas foram similares em ambas as áreas, sugerindo que as espécies amostradas são afetadas de modo semelhante pelo clima. A queda foliar e o brotamento ocorreram simultaneamente nas duas áreas. A queda foliar manteve um padrão irregular e decrescente durante as observações em ambas as áreas, sem picos pronunciados de atividade. Já o brotamento foi intermitente durante o período de observações. O comportamento fenológico das fenofases reprodutivas diferiu nas áreas amostradas. O pico principal de floração ocorreu um mês antes na borda, e no interior da floresta esta fenofase exibiu um pico secundário que não foi observado na borda.Esta foi a fenofase que apresentou mais correlações significativas com as variáveis climáticas consideradas. Assim como a floração, a frutificação também foi constante, evidenciando assincronia entre as espécies. A frutificação apresentou correlação altamente significativa com a pluviosidade do sexto mês precedente no interior da floresta, e correlação significativa com a temperatura 4–5 meses antes e com a temperatura média para o período de 30 anos na borda. As análises de correlação mostraram que as fenofases apresentaram mais correlações significativas com a temperatura do que com a pluviosidade, e que a área de borda teve mais correlações significativas do que a área de interior de floresta. O teste de Rayleigh mostrou que, das fenofases observadas, apenas a queda foliar foi sazonal, embora as demais fenofases tenham apresentado picos de atividade pronunciados no período de amostragem.