Entre lanternas mágicas e cinematógrafos : as origens do espetáculo cinematográfico em Porto Alegre (1861-1908)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Trusz, Alice Dubina
Orientador(a): Pesavento, Sandra Jatahy
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/15547
Resumo: Este estudo histórico sobre as origens do espetáculo cinematográfico em Porto Alegre investiga as práticas que caracterizaram a exploração comercial do cinematógrafo para fins de entretenimento desde a sua introdução na cidade em novembro de 1896 até a abertura das primeiras salas permanentes especializadas na exibição cinematográfica, em 1908, e que deram início ao processo de sedentarização da atividade exibidora. O cinema não surgiu como um gênero espetacular acabado e tampouco foi uma prática inédita enquanto espetáculo de projeções, mas esteve estreitamente vinculado à tradição dos espetáculos de projeções de lanterna mágica do século XIX, o que explica a extensão da pesquisa a 1861. Entre 1896 e 1908, o cinematógrafo deixou de ser apenas uma nova invenção técnica e uma nova modalidade de projeção de imagens ópticas para se constituir e afirmar como novo gênero espetacular, autônomo de outras práticas culturais que lhe foram anteriores e contemporâneas e com as quais estabeleceu diferentes formas de associação. Ao longo deste período, o cinematógrafo foi explorado comercialmente de modo descontínuo e temporário por diferentes exibidores cinematográficos itinerantes que ocuparam centros de diversões já existentes e criaram espaços especializados de exibição, propondo distintos modos de organização do espetáculo e dos programas. A heterogeneidade da exibição também facultou um acesso diversificado do público ao cinema e possibilitou uma grande variedade nas formas de sua apropriação pelos espectadores, conferindo uma dinâmica ímpar ao processo de afirmação do cinema como gênero espetacular específico e nova prática cultural.