Obtenção de fibras-gel a partir de ágar e de alginato de sódio para aplicação como scaffold em engenharia de tecidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Kochem, Luce Helena
Orientador(a): Santos, Luis Alberto dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259662
Resumo: Com o desenvolvimento da pesquisa em biomateriais, a engenharia de tecidos atualmente tem se tornado área de grande interesse, uma vez que não visa obter estruturas que apenas restaurem funções mecânicas, como por exemplo as próteses fazem, mas sim, tem o propósito de auxiliar positivamente o crescimento e a diferenciação celular em seus arcabouços, denominados scaffolds. Dependendo dos constituintes destes biomateriais, os scaffolds poderão induzir a multiplicação celular no sentido de formar tecidos especificamente diferenciados. Assim o objetivo deste trabalho foi obter um scaffold com certa porosidade constituído por dois polímeros naturais: o ágar e o alginato de sódio. Estes polissacarídeos naturais, conferem ao material obtido características maleáveis, higroscópicas e biocompatíveis, caracterizando-o como um biomaterial com promissor uso como scaffold em engenharia de tecidos de moles. As fibras obtidas foram avaliadas quanto à porosidade, inchamento, microestrutura por microscopia eletrônica de varredura, análise química pontual por dispersão de energia (EDS), grupamentos químicos por infravermelho (FTIR e ATR) e propriedades térmicas por calorimetria diferencial de varredura (DSC) e por termogravimetria (TGA), enquanto que as soluções polissacarídicas tiveram medidas as suas viscosidades. Os resultados da caracterização do scaffold apresentaram-se promissores, apesar da evidência de citotoxicidade para alguns corpos-de-prova em cultivo de fibroblastos murinos. Foi identificado por MEV que a estrutura fibrosa do scaffold trata-se de um aglomerado de fibras e de formas planas aleatoriamente dispostas entre si, formando a nível molecular, de acordo com os resultados de análises térmicas e de infravermelho, uma rede interpenetrante entre ágar e alginato. Assim, concluiu-se que a partir da blenda polissacarídica foi possível obter uma espécie de tecido fibroso, com porosidades acima de 80%, percentuais de inchamento acima de 900% e com degradação térmica acima de 100ºC, evidenciando que estes scaffolds de fibras-gel tem requisitos que poderão contribuir para aplicações em engenharia de tecidos moles.