Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Carolina Giordani da |
Orientador(a): |
Crossetti, Maria da Graça Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/239222
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Resumo: |
A Doença Renal Crônica (DRC) é caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função renal, acometendo milhões de pessoas no mundo, as quais necessitam realizar uma terapia renal substitutiva (TRS). Embora o avanço tecnológico e científico venha aperfeiçoando métodos terapêuticos pautados nas melhores evidências, muitas vezes se negligencia as complexidades presentes no ambiente de cuidado, como sentimentos, que são considerados evidências qualitativas, inerentes à dimensão existencial do indivíduo. Isto posto, se faz necessário resgatar a singularidade de um cuidado onde o ser humano é o foco. Acredita-se que, por meio de referenciais teóricos que orientem os enfermeiros a identificar esses sentimentos na prática clínica, eles poderão ser contemplados no planejamento do cuidado, tornando-o singular e completo. Justificativa: tem-se como tese que uma teoria de médio alcance fundamentada na Teoria Humanística de Enfermagem é relevante para embasar um modelo de cuidado ao paciente em TRS em direção a uma prática clínica que reconheça as evidências qualitativas do paciente, valorizando a dimensão existencial deste e do profissional de enfermagem. Objetivo: Desenvolver uma teoria de médio alcance da dimensão existencial do ser no mundo da DRC embasada na Teoria Humanística de Enfermagem. Metodologia: Estudo qualitativo (POLIT; BECK, 2011), com o referencial metodológico da Teoria Fundamentada em Dados, segundo Charmaz (2009). O estudo foi realizado no Serviço de Nefrologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. A amostra foi de 7 enfermeiros, 3 técnicos de enfermagem e 10 pacientes em TRS. Os dados foram coletados entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021, por meio de entrevista semiestruturada, realizada de forma virtual por meio do aplicativo Zoom após a assinatura do termo de consentimento livre esclarecido (TCLE). Também foram criados memorandos. As entrevistas foram transcritas e, depois, analisadas no software NVivo 12, para realizar as codificações inicial, focalizada e axial, estabelecer as categorias com suas respectivas subcategorias e elementos estruturais baseadas no referencial teórico da filosofia existencialista e a Teoria Humanística de Enfermagem de Paterson e Zderad (1979). Resultados: Foram encontradas três categorias: 1) Desvelando o ser no mundo da DRC, com duas subcategorias: Ser enfermagem e Ser paciente, e dois pressupostos: Encontrando-se, Preocupando-se; 2) Contexto de cuidado, com duas subcategorias: Ambiente e Temporalidade, e um pressuposto: Passando o tempo; 3) Transcendendo o mundo da DRC, com duas subcategorias: Aceitando a DRC e Projetando possibilidades para transcender, e dois pressupostos: Motivando para transcender e Angústias do ser no mundo da DRC. Elas orientaram a construção da teoria, que está estruturada em quatro metaparadigmas, seis pressupostos, vinte conceitos e afirmações não relacionais, dezenove afirmações relacionais entre os conceitos, fundamentos teóricos e um modelo teórico. Considerações finais: A teoria da dimensão existencial do ser no mundo da DRC é abstrata o suficiente para ser aplicável a qualquer “ser” que adentra o mundo da DRC, em diferentes contextos, conferindo-lhe o nível de abstração de médio alcance. Contribui para consolidar a enfermagem enquanto arte e ciência, porque nasce da prática assistencial e da pesquisa, resgatando o que lhe diferencia nas disciplinas da saúde, que é o cuidado de excelência. |