Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Marschner, Rafael Aguiar |
Orientador(a): |
Wajner, Simone Magagnin |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/252559
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Resumo: |
Nas últimas décadas, com o aumento do consumo de alimentos industrializados, (ricos em gordura) somados com a falta da pratica de exercício físico obtivemos um aumento exponencial da prevalência de obesidade mundial. Relacionado a isso, doenças secundarias a obesidade vem ganhando destaque, esse é o caso da doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica (MAFLD), uma das formas mais comuns de doenças hepáticas crônicas. Nos últimos anos houve um incremento da sua prevalência, estima-se que em torno de 20-30% na população ocidental e 5-18% no Oriente tenham algum estagio da MAFLD, na América do Sul ela é estimada em 30%. A etiologia da doença inicia-se com a obesidade, resistência insulínica, diabetes mellitus do tipo 2 (DM-2) e dislipidemia sendo essas as causas primárias para o seu desenvolvimento. A história natural da MAFLD começa com a deposição de gordura no fígado, seguido dos primeiros estagio da esteatose hepática, ocasionando inflamação crônica e reparação compensatória do tecido podendo progredir a esteato-hepatite não-alcoólica (EHNA). Posteriormente ocorre o acúmulo de colágeno levando a cirrose e a longo prazo carcinoma hepatocelular (CHC). Embora já exista um grande conhecimento sobre a fisiopatologia da doença e seus fatores predisponentes, ainda existem mecanismos envolvidos no desenvolvimento e na progressão da MAFLD que foram pouco explorados. Neste sentido, o metabolismo dos hormônios tireoidianos (HTs) podem ter papel importante associado à doença. Os HTs são essenciais para o crescimento, desenvolvimento e metabolismo em praticamente todos os sistemas do corpo. Apesar da Tiroxina (T4) ser o principal produto, o triiodotironina (T3) é o biologicamente ativo. Sendo regulados pela atividade da família das iodotironinas desiodases. As do tipo 1 (Dio1) e 2 (Dio2) convertem T4 intracelular em T3, enquanto a do tipo 3 (Dio3) converte T3 em rT3 (T3 inativo). No fígado o papel dos HTs influenciam diretamente o metabolismo de lipídios e carboidratos, via lipogênese hepática, oxidação lipídica, homeostase do colesterol. Em situações normais os hepatócitos apresentam uma grande expressão de Dio1 e baixa expressão de Dio3, mantendo a conversão dos HTs adequada e sua atividade hepática preservada. Recentemente, alteração na disponibilidade dos T3 vem sendo observadas, apresentando uma possível associação com a progressão MAFLD. Contudo, pouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos no metabolismo dos HTs na fisiopatologia da MAFLD. |