Transbotoamentos nômades : encontros com o educativo da Bienal do Mercosul

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Machado, Ilana Peres Azevedo
• Orientador(a): Mossi, Cristian Poletti
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: BIENAL; Educação artística; Museu
• Palavras-chave em Inglês: Bienal do Mercosul educational department; Encounter; Nomadism; Transbutton; Assemblage
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/284112

Esta dissertação tem como objetivo investigar os transbordamentos que aconteceram e seguem acontecendo com o núcleo educativo da Bienal do Mercosul, onde trabalhei nas edições 4, 5, 10 e 12, edições que compõem a maior parte das matérias desta dissertação. Do ponto de vista teórico, busco engendrar, entre outros, com conceitos como encontro, agenciamento, nomadismo e espreita, de Gilles Deleuze (1995, 1998 e 2011). Me alio também a outros autores, como Daniel Lins (2017) e Tim Ingold (2012, 2015 e 2020), a uma música (Every single night, de Fiona Apple), imagens autorais de uma produção em deriva e imagens coletivas feitas nas edições da Bienal do Mercosul onde atuei como supervisora de mediadores. Imagens e música fazem parte também da minha forma de escrita, componho com elas, tramo junto com elas. Outro elemento importante para este trabalho é o botão, não apenas por ser um objeto que ao longo de minha existência tenho encontrado, mas por surgir como se quisesse mostrar algo que precisa ser aberto, descoberto, explorado, inventado, acionado. Desta forma, o botão presente na pesquisa enseja a entrada das demais imagens ao longo do trabalho (imagens-botões) e, mais do que isso, possibilita apresentar nesta pesquisa algo que chamo transbotoamento, uma invenção resultante da junção das palavras transbordamento e botão, que busca expressar o alisamento do espaço estriado do macro (Deleuze e Guattari/2012), via uma experimentação nômade de pensamento com essas imagens. Este trabalho é permeado por encontros, seja com imagens, conceitos ou os proporcionados pelo núcleo educativo da Bienal do Mercosul. Investigo os transbordamentos/transbotoamentos causados por esses encontros, mais especificamente, cartografo alguns desses transbotoamentos que ganham consistência por linhas de escrita em composição com as imagens-botões ao longo do texto, evidenciando os efeitos dessa investigação. O texto desta dissertação será apresentado em duas colunas: na primeira apresento minha escrita e na segunda apresento citações de autores que me ajudaram a pensar as questões que discuto no texto, nas imagens, enfim, na pesquisa. Utilizo esta operação não para separar a escrita em partes, mas como composição, como uma conversa que vai se desenrolando. Cartografei traços que emergiram das conversas com imagens-botões e encontros que se deram em diferentes edições da Bienal do Mercosul. Tracei mapas não apenas com as forças das conversações, mas também com as intensidades e com os cruzamentos. Todos os movimentos deste trabalho se dão em busca de possíveis respostas para a pergunta de pesquisa: Que transbotoamentos nômades são possíveis em meio a encontros com o educativo da Bienal do Mercosul?