Avaliação da utilização de colifagos como indicadores virais a partir da análise de enterovírus e adenovírus em efluentes tratados por diferentes processos biológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Maria Cristina de Almeida
Orientador(a): Monteggia, Luiz Olinto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/34150
Resumo: Os esgotos domésticos contêm uma alta quantidade de bactérias e outros organismos patogênicos e não patogênicos que são descarregados em corpos hídricos. A contaminação da água, pela presença de bactérias e vírus patogênicos, traz conseqüências indesejáveis, principalmente de saúde pública. O objetivo deste trabalho foi avaliar a possibilidade de emprego da análise de colifagos, como indicador viral. Para isso, amostras de esgoto bruto, efluente tratado por reator UASB e efluente de lodo ativado, da Estação de Tratamento de Esgotos São João Navegantes, Porto Alegre, foram coletadas durante o período de junho/2006 a junho/2007. As análises físicas, químicas e microbiológicas, DBO5, turbidez, sólidos totais, quantificação de coliformes totais, fecais e de colifagos foram realizadas em 99 amostras, conforme APHA, 2005. Na determinação da presença de adenovírus e enterovírus foram testadas 36 amostras, utilizando-se a técnica de concentração por filtração-eluição e ultracentrifugação. Posteriormente, purificação e avaliação da infectividade. Por fim, as amostras foram submetidas a teste de nested PCR e RT-PCR, a fim de verificar a presença de adenovírus e enterovírus, respectivamente. Nas 36 amostras testadas, a presença de enterovírus foi confirmada em apenas 5,56% das amostras e, adenovírus, em 16,67% das amostras. Não foram encontradas correlações significativas entre colifagos e bactérias coliformes totais e fecais, bem como entre colifagos e os parâmetros físicos e químicos. Desta independência encontrada entre vírus e bactérias se destaca a necessidade de monitoramento conjunto de ambos os microrganismos. Verificou-se uma similaridade em relação à sazonalidade referente ao comportamento de colifagos e o descrito na literatura referente a vírus entéricos. Observou-se, também, a baixa eficiência do tratamento para remoção de microrganismos, ressaltando-se a importância de realização de um tratamento terciário para assegurar a qualidade microbiológica do efluente. As relações entre colifagos e vírus entéricos não foram possíveis de serem analisadas, devido aos dados inconclusivos obtidos no presente trabalho.