Idosos rurais : fatores que influenciam trajetórias e acesso a serviços de saúde no município de Santana da Boa Vista/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Alcântara, Luciana Ruschel de
Orientador(a): Lopes, Marta Júlia Marques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/17456
Resumo: Este estudo trata da utilização e acesso a serviços de saúde por idosos rurais, o qual se insere em um projeto intitulado "Determinantes Sociais e Interfaces com a Mobilidade de Usuários: análise dos fluxos e utilização de serviços de saúde". Busca-se conhecer os problemas de saúde que afetam os idosos rurais de Santana da Boa Vista/RS, levando em conta a situação econômica e social, as dinâmicas familiares e as estratégias que integram práticas de controle e prevenção em saúde e doença. Trata-se de um estudo híbrido, com desenho epidemiológico descritivo e uma abordagem qualitativa com 30 idosos entrevistados. Utilizou-se a estatística descritiva por meio de freqüência simples para os dados quantificáveis e a análise de conteúdo do tipo temático, na etapa qualitativa. Entre os resultados encontrou-se predominância masculina, com idade média de 67,8 anos, brancos, católicos e com baixa escolaridade. Com relação ao estado civil a maioria é casada, predominando mulheres na viuvez. A caracterização socioeconômica mostrou que a maioria dos idosos morava com familiares em residência própria, e apresentaram melhoria das condições de vida após o benefício da aposentadoria. Em relação à saúde, a maioria dos idosos entrevistados referiu como boa, sendo que as mulheres apresentaram mais queixas, se comparadas aos homens. Quanto aos serviços de saúde, mais da metade declarou utilizar habitualmente a Rede Municipal, em conseqüência dos problemas crônicos, acessando a Rede básica. Os principais motivos para não recorrerem aos serviços de saúde, mesmo em caso de necessidade, estão relacionados aos recursos financeiros insuficientes, demora no atendimento, ausência de transporte, uso de automedicação e ausência de profissionais médicos. Esses resultados expressam as desigualdades sociais como reflexos na saúde, as dificuldade de acesso funcional e geográfico, já que a maioria dos serviços de saúde encontra-se fora da área rural, havendo, ainda, a insuficiência de transporte em quantidade e freqüência aos locais de atendimento. A análise das trajetórias terapêuticas apontou para a diversidade de situações e estratégias de saúde desenvolvidas pelos usuários e pelo Município.