Atividade antifúngica da terbinafina, griseofulvina e saponinas extraídas de chenopodium quinoa contra isolados de dermatófitos multirresistentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Dalla Lana, Aline Jacobi
Orientador(a): Gonzales Ortega, George
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233465
Resumo: As dermatofitoses ou micoses cutâneas são infecções causadas por dermatófitos, fungos que apresentam características morfológicas e fisiológicas especializadas. Apesar dos avanços na terapia antifúngica, a incidência de micoses cutâneas tem aumentado. Entre as várias razões para isso, duas causas merecem destaque: o crescente número de indivíduos imunossuprimidos, e a crescente resistência aos antifúngicos. Além disso, resistência a múltiplos antifúngicos tem se revelado como um sério problema no setor da saúde pública. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antifúngico de duas frações purificadas de saponinas de Chenopodium quinoa e analisar o potencial sinérgico in vitro da associação de griseofulvina (GF) e terbinafina (TF) contra 23 isolados de Microsporum canis, M. gypseum, Trichophyton mentagrophytes e T. rubrum. Os testes de susceptibilidade foram realizados segundo a CLSI (M38-A2), seguindo o método de microdiluição. Apesar de já existir relato de saponinas com atividade antifúngica, as duas frações purificadas das saponinas de quinoa testadas, FQ70 e FQ90, não demonstraram efeito inibitório sobre os fungos dermatófitos, mesmo quando combinadas com a GF e a TF. O sinergismo da GF com a TF baseia-se no fato de ambos antifúngicos apresentarem mecanismos de ação diferentes. O teste de susceptibilidade com isolados susceptíveis e resistentes, pelo método do checkerboard, mostrou que em 70% dos casos a combinação apresentou aditividade. Mais ainda, a associação de GF e TF foi capaz de reverter a multirresistência em dois isolados. Os dados do teste com MTT revelaram que o percentual de dano na hifa era maior para a combinação do que o observado com GF e TB isoladamente. A associação também provocou alterações evidentes na morfologia e na composição química do micélio, corroborando com as observações de dano celular in vitro. A análise por DSC e FT-IR indicam a ocorrência de interação molecular entre os dois antifúngicos. A formação de diferentes hábitos cristalinos, observada pela análise por MEV da mistura de ambos fármacos, tende a confirmar essa hipótese, sem descartar o surgimento de formas polimórficas.