Avaliação por microdiálise da penetração pulmonar da tobramicina em modelo de pneumonia por microrganismo formador de biofilme

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bernardi, Priscila Martini
Orientador(a): Dalla Costa, Teresa Cristina Tavares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/149491
Resumo: Objetivo: Avaliar a influência da infecção por Pseudomonas aeruginosa formadora de biofilme na penetração pulmonar da tobramicina através da modelagem populacional dos dados de plasma e microdialisado em animais sadios e infectados. Metodologia: A pneumonia foi desenvolvida através de inoculação de P. aeruginosa (cepa PA14) pela via intratraqueal (109 UFC/mL) a ratos Wistar. Sete dias após a inoculação os animais infectados (n = 5) receberam tobramicina 10 mg/kg i.v. bolus. Animais saudáveis (n = 6) foram utilizados como controle. As concentrações livres pulmonares foram coletadas por microdiálise (sonda CMA/20). As sondas de microdiálise foram calibradas in vitro através de diálise e retrodiálise e in vivo utilizando retrodiálise. A ligação da tobramicina às proteínas plasmáticas foi determinada por microdiálise. As concentrações do fármaco nas amostras foram determinadas por cromatografia líquida em tandem com espectrometria de massas (CLAE-EM/EM) utilizando metodologia validada. Os parâmetros farmacocinéticos foram determinados por abordagem não-compartimental (Phoenix®) e modelagem populacional (popPK) (Monolix®). Resultados e Discussão: A recuperação relativa (RR) das sondas foi independente da concentração de tobramicina e inversamente proporcional ao fluxo de perfusão. A RR determinada in vivo foi de 27,64 % ± 7,70 para animais sadios e 24,47 % ± 1,66 para animais infectados. A ligação às proteínas plasmáticas foi de 11,3 ± 1,9%. A infecção com formação de biofilme não alterou a farmacocinética plasmática da tobramicina, entretanto reduziu em cerca de 70% a penetração pulmonar do fármaco. As concentrações plasmáticas e teciduais foram simultaneamente descritas por um modelo farmacocinético populacional de dois compartimentos, tanto em animais sadios como infectados. A infecção, utilizada como covariável categórica, permitiu descrever as alterações no volume do compartimento periférico e na constante de eliminação do compartimento central devido à infecção. Conclusões: As concentrações plasmáticas da tobramicina, utilizadas para ajuste posológico, superestimam as concentrações ativas no pulmão infectado. O modelo popPK descrito permite a previsão das concentrações livres pulmonares da tobramicina em pulmão infectado, podendo auxiliar na otimização da terapia de pneumonias com P. aeruginosa formadora de biofilme.