Postura metodológica e epistemológica do professor e autonomia do aluno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Canan, Silvia Regina
Orientador(a): Becker, Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256146
Resumo: Esta dissertação tem como propósito compreender a relação existente entre a postura metodológica e epistemológica do professor e a construção da autonomia dos alunos. Para atendermos a esse objetivo, buscamos apoio teórico na Epistemologia Genética de Jean Piaget e nas obras de Paulo Freira, especialmente no que se refere ao processo de tomada de consciência e de conscientização. Com Piaget compreendemos que a moral não é inata nos seres humanos nem imposta simplesmente pelo meio social; é, ao contrário, resultado de um longo processo de construção. Com Freire, aprendemos que o processo de conscientização, pelo qual chegamos à consciência crítica, pode significar o ponto de partida de uma prática pedagógica comprometida com a construção de um aluno mais autônomo. Tendo como referência esses autores e tomando como ponto de partida sua concepção interacionista das relações entre desenvolvimento lógico e moral, procuramos compreender se, de fato, a maneira como o professor conduz sua prática pedagógica (metodologia) e a forma como a concebe (epistemologia) interferem na construção da autonomia dos alunos. A pesquisa, organizada para desvendar essas relações, foi realizada na Escola Estadual de 1 o Grau Incompleto Nossa Senhora de Fátima, na periferia urbana de Frederico Westphalen – RS. A interação com esse meio escolar nos possibilitou entender que o professor baliza seu trabalho a partir de uma crença behaviorista, epistemologicamente empirista, traduzida por uma pedagogia diretiva e, como tal, autoritária. Em função dessa prática em sala de aula tende a “formar" seus alunos para o individualismo; isso é, sob o ponto de vista moral, para a heteronomia. A autonomia, entendida, ao contrário, como resultado de relações de cooperação, poderá ser desenvolvida na escola, se o trabalho do professor assumir uma nova postura, epistemologicamente interacionista ou construtivista e pedagogicamente relacional.