Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pauletti, Luciane Ferreira |
Orientador(a): |
Costa, Sady Selaimen da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276912
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Resumo: |
Introdução: Um programa de triagem auditiva neonatal tem por objetivo garantir que as crianças com perda auditiva permanente sejam identificadas com a maior precocidade possível e a intervenção iniciada nos primeiros meses de vida. Situações como a da pandemia da Covid-19 podem gerar impacto significativo no tempo de identificação, diagnóstico e intervenção das perdas auditivas na infância, uma vez que interferem no funcionamento dos serviços de saúde auditiva da rede pública. Objetivo: Verificar o impacto da pandemia da Covid-19 no tempo de identificação, diagnóstico e intervenção da perda auditiva de crianças que realizaram a triagem auditiva neonatal na rede pública do município de Porto Alegre. Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo em que foram incluídos lactentes nascidos em hospitais da rede pública, com nascimento no primeiro ano de pandemia e comparados com lactentes nascidos antes da pandemia. Foram analisados dados referentes à idade na triagem, no diagnóstico e na intervenção dos lactentes com perda auditiva permanente, bem como o tempo entre cada etapa do processo e comparado com período anterior à pandemia. Também foram analisados dados referentes à prevalência das perdas auditivas, índice de evasão e indicadores de qualidade dos programas de triagem auditiva neonatal. Resultados: Foram coletados dados de 26.101 lactentes distribuídos em dois grupos, conforme período de nascimento, 13.86 lactentes no grupo pandemia e 12.234 lactentes no grupo pré-pandemia. A amostra final foi composta por 132 lactentes, sendo que no grupo pandemia, 26,2% dos lactentes apresentaram perda auditiva permanente e a intervenção foi realizada em 31,2%, com índice de evasão de 44,3%. Ao comparar a idade de diagnóstico e intervenção e os tempos entre os procedimentos nos dois grupos, não houve diferença significativa. No período da pandemia, 56,3% dos lactentes com perda auditiva foram diagnosticados até os 3 meses e apenas 10% receberam intervenção antes dos 6 meses de vida. O número de lactentes diagnosticados até os 3 meses foi significativamente menor no grupo pandemia. Com relação aos indicadores de qualidade do programa de triagem no período da pandemia, a cobertura foi de 85,38%, o índice de encaminhamento para diagnóstico foi de 8,26%, o índice de diagnósticos realizados foi de 55,73% e índice de intervenção audiológica foi de 31,2%, sendo que somente 10% iniciaram a intervenção até os seis meses de vida. Conclusões: Não houve impacto significativo da pandemia da Covid-19 no tempo de identificação da surdez infantil. As idades na triagem e no diagnóstico atendem às recomendações nacionais, porém a idade na intervenção ainda necessita de adequação para garantir menor repercussão da surdez no desenvolvimento infantil. |