Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Caesar, Lilian |
Orientador(a): |
Haag, Karen Luisa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/212107
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Resumo: |
Todos os anos ao final do verão, no sul do Brasil, colônias manejadas da abelha sem ferrão Melipona quadrifasciata manifestam uma síndrome que eventualmente leva-as ao colapso. Abelhas de colônias afetadas podem apresentar sintomas como tremores e paralisia, mas a principal característica da síndrome é a repentina morte de operárias, cujos corpos são encontrados em frente ou mesmo dentro da colméia. Nesta tese descrevemos nossos achados sobre as possíveis causas dessa mortalidade avaliando os diferentes níveis de complexidade de uma abelha social, desde o indivíduo e seus microrganismos associados até o nível da colônia. Mostramos que a microbiota de M. quadrifasciata é altamente variável, com grandes diferenças na composição bacteriana de abelhas de diferentes colônias. Bactérias patogênicas não foram detectadas em abelhas afetadas e o padrão na composição da microbiota não indicou uma correlação entre disbiose e a ocorrência da síndrome. Mostramos também que os sintomas observados em forrageiras doentes não são causados por vírus conhecidos como patogênicos em outras abelhas. Entretanto, novos vírus que nós identificamos no viroma da M. quadrifasciata são mais frequentemente diagnosticados em determinados meliponários durante a síndrome, e podem estar relacionados à intensidade dos sintomas e ao colapso de certas colméias. Por fim, num monitoramento temporal feito ao longo de cinco meses no verão de 2018/2019, mostramos que a síndrome foi resultado da incapacidade de expressar genes envolvidos na detoxificação de xenobióticos e resposta imune cerca de dois meses antes da síndrome, seguido da perda de peso das forrageiras, troca nos recursos polínicos utilizados e perda da capacidade de controle do clima interno da colônia. Além da divulgação e discussão no meio científico, elaboramos também, com base nestas investigações, um guia com recomendações de manejo aos meliponicultores que, se aplicadas, podem contribuir para a prevenção da síndrome anual de M. quadrifasciata, bem como da perda de outras abelhas nativas. |