Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Dirce Maria Fagundes |
Orientador(a): |
Maggi, Noeli Reck |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/49722
|
Resumo: |
Este trabalho trata da mediação simbólica empreendida por professoras, com crianças do segundo ano1 e da quarta série2 de uma escola do Ensino Fundamental. A reflexão dessas práticas é feita à luz de pressupostos teóricos interacionistas. Foram investigadas, nas duas turmas, as formas de apresentação dos conteúdos, as tarefas cooperativas, as representações do objeto de estudo, os conhecimentos trazidos pelos alunos e a socialização do conhecimento. A pesquisa exploratória foi do tipo etnográfico com observação, entrevistas, diário de campo e o registro, num quadro de referências, de indicadores de formação de conceitos científicos, elaborados a partir dos referenciais teóricos de Vygotsky. Dos resultados obtidos, em muitas situações, as aulas observadas obedeceram a uma dinâmica de exposição oral e os conteúdos surgiram de seleção feita pelas professoras a partir de listagem combinada por classes paralelas e livros didáticos. Em outros momentos, foram desenvolvidos projetos que surgiram dos interesses demonstrados pelos alunos e trabalhados em moldes cooperativos, nos quais fizeram explorações concretas dos temas de estudo. Os resultados indicam que quando o grupo trabalhou com os projetos, os resultados foram melhor formalizados em função do tipo de envolvimento dos alunos com o objeto do conhecimento na possibilidade de relações e associações cooperativas. Quando as crianças trabalharam com princípios teóricos formais propostos pelas professoras o caminho para a formação de conceitos e generalizações se expressaram de modo mais restrito. As atividades do grupo que eram originadas em projetos da escola, com temas do cotidiano, e propostas a partir das necessidades e interesses dos alunos, revelaram maior interação e apropriação do conhecimento por parte deles. Os resultados das observações e entrevistas estão analisados principalmente a partir da mediação simbólica de Vygotsky, na qual a linguagem, os signos e símbolos verbais e não verbais compartilhados nas relações sociais medeiam o processo de aquisição de conhecimento. Em Piaget, o enfoque da epistemologia genética, enquanto operacionalidade construtivista, possibilitou a reflexão sobre a interação do sujeito com o grupo e também com o objeto do conhecimento. A presença de Bakhtin, neste trabalho, mostrou uma visão da linguagem, que ultrapassa os códigos linguísticos, pela ideologia presente nos enunciados. Esses autores e suas ideias sobre o aprendizado e o desenvolvimento complementam esse momento de pensar o fazer pedagógico no cotidiano da sala de aula. |