Visibilidade invisível : a presença feminina na Escola de Artes de Porto Alegre (1910-1936)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vargas, Rosane Teixeira de
Orientador(a): Kern, Daniela Pinheiro Machado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/209912
Resumo: Esta dissertação investiga a presença feminina na Escola de Artes de Porto Alegre, órgão do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, a partir da constatação de que as alunas representavam 76,3% do total de matrículas e 83,3% das diplomações no período de 1910 a 1936. Analisa a relação entre a elevada presença das mulheres na Escola e a visibilidade e o reconhecimento dessas alunas. A abordagem utilizada é a história feminista da arte e a história das mulheres, a partir das autoras Griselda Pollock (1995, 2003, 2013), Linda Nochlin (1988), Svetlana Alpers (1982) e Michelle Perrot (1988, 2005, 2008) e as discussões sobre arquivo e memória propostas por Maurice Halbwachs (2006), Andreas Huyssen (2000) e Jacques Le Goff (2013). Os dados resultaram de uma pesquisa documental, incluindo o levantamento quantitativo e qualitativo em documentos oficiais em guarda no Arquivo Histórico do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a pesquisa em periódicos que circulavam no período, preponderantemente A Federação, Correio do Povo, A Máscara e Revista do Globo. A pesquisa evidencia que a falta de um campo artístico consolidado, assim como o entendimento da educação artística como uma extensão mais sofisticada de um afazer doméstico, influiu para que as mulheres fossem maioria entre os alunos da Escola. A análise em periódicos mostrou que as mulheres ganhavam pouca visibilidade na esfera pública, em que pese a publicidade dada ao Instituto e à Escola; eram vistas em geral como grupo, não de forma individualizada. Depois de diplomadas, poucas apareceram em exposições individuais. Apesar de as mulheres serem a grande maioria de diplomados, aos alunos homens coube o espaço e o reconhecimento enquanto artistas.