O vazio moderno : narrativas formais do percurso solar e do verde em 4 projetos para o habitar no quarteirão urbano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nerbas, Patrícia de Freitas
Orientador(a): Mahfuz, Edson da Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233155
Resumo: Diante a escassez de recursos e as pautas ambientais emergentes nos debates de organizações internacionais, no final do século XX e inicio XXI, a permanência da natureza, nas cidades, parece cada vez mais complexa e importante. Considerar o percurso do sol e a presença do verde no processo de projeto é um modo de pensar a natureza síncrona a cidade. O sol e o verde podem revelar parte das complexas relações entre cheios e vazios nas cidades, pois interferem nas questões ambientais de cada lugar, assim como são pautas recorrentes à arquitetura pertinente ao lugar. A geometria volumétrica dos edifícios e os hiatos de transição entre estes, na escala do quarteirão urbano, são determinantes ao percurso das sombras e à conectividade entre as áreas verdes, demandas importantes para aproximar a cidade da natureza. O tecido poroso, o predominio do vazio no quarteirão urbano, configurações típicas dos sistemas formais modernos apresentam adaptabilidade perante as demandas relacionadas à luz solar e ao verde nas cidades, pois pode criar espaços oportunos a exposição solar, a continuidade e a conectividade do verde, por entre todos os edifícios. Estratégias pertinentes à aproximação entre a natureza e a cidade. Portanto, o objetivo desta investigação é analisar a lógica na articulação entre os espaços livres e os edifícios modernos, na escala do quarteirão, a fim de verificar a pertinência formal do tipo morfológico moderno de quatro projetos, situados em distintas cidades. Projetos da década de 1950 e 1960, representativos do seu tempo, desenvolvidos a partir do amadurecimento das estratégias modernas debatidas ao longo dos CIAMs. Estão localizados em cidades densas, em quarteirões urbanos, com topografia pouco acentuada. As soluções adotadas nos casos pesquisados apresentam uma estrutura de formas abstratas, com bases prismáticas, retangulares e operam com os vazios por entre todos os edifícios. Os volumes edificados são distribuídos dentro de uma lógica geométrica, um sistema formal poroso que possibilita autonomia entre as tipologias edilícias e a criação de redes interconectadas para a expansão da natureza na cidade. Dessa maneira, espera-se contribuir com o debate sobre a continuidade e a transformação do vazio moderno nas cidades, como uma das estratégias para a permanência da natureza nas cidades.