Efeito do ácido linoleico conjugado e da luteína no desempenho e na resposta imune de frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Moraes, Mariana Lemos de
Orientador(a): Ribeiro, Andrea Machado Leal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
CLA
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/128134
Resumo: Tanto a luteína quanto o ácido linoleico conjugado (CLA) são nutrientes que já demonstraram efeitos benéficos na modulação do sistema imune em diferentes modelos experimentais, porém o uso de ambos em conjunto ainda não foi explorado. O CLA é incorporado nas membranas celulares e hipotetiza-se que a luteína, com seu potencial antioxidante, possa proteger a estrutura do CLA em situações de estresse oxidativo. Outra razão para se pensar na interação entre estes nutrientes é que já foram observados de forma individual, efeitos modulatórios do CLA e da luteína sobre receptores celulares que atuam em conjunto e possuem papel chave na regulação da resposta imune (receptores PPAR e RXR). Objetivou-se com o presente estudo avaliar o efeito da suplementação dietética de CLA e luteína no desempenho e na resposta imune de frangos de corte de 1 a 22 dias de idade. Foram testados 3 níveis de inclusão de CLA (0, 1 e 2%) em conjunto com luteína (0 e 50 mg/kg) na presença ou ausência de desafio imunológico com LPS. O CLA e a luteína apresentaram efeitos imunomodulatórios positivos, porém, não foi observada interação entre ambos os nutrientes para as avaliações relacionadas ao sistema imune. O CLA, adicionado em 2% na dieta, elevou a produção de IgY em resposta ao estímulo com albumina de soro bovino (BSA) e também foi capaz de aumentar a expressão de RXRα no fígado. A luteína diminuiu o óxido nítrico plasmático e também a expressão de TLR-4 no baço e de IL-1β e IL-12 no fígado apesar de ter aumentado a expressão de TLR-4 hepática. O desafio com LPS estimulou a resposta inflamatória aguda, evidenciado pela queda no ganho de peso, pelo aumento da relação fígado:peso corporal, pelo aumento na expressão de IL-1β e IL-12 hepáticos e diminuição na expressão de PPARα no duodeno e fígado e de PPARγ e RXRα no baço. Entretanto, nem a luteína e nem o CLA foram capazes de reverter ou atenuar os efeitos causados pelo desafio com LPS. Para desempenho, uma forte interação entre CLA e luteína foi observada, de forma que a suplementação com 1 ou 2% de CLA pioraram o peso corporal, o ganho de peso e a eficiência alimentar de 1 a 20 dias de idade, mas estes efeitos foram revertidos quando a luteína foi incluída na dieta com 1% de CLA. Concluiu-se que o CLA teve efeito benéfico sobre a resposta imune humoral, na dependência da sua dose. A luteína se mostrou como nutriente anti- inflamatório e também capaz de reverter o efeito negativo da inclusão dietética de 1% de CLA sobre o desempenho de frangos de corte.