Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Giesta, Juliana Mariante |
Orientador(a): |
Silva, Clecio Homrich da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202534
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Resumo: |
Introdução: A obesidade infantil vem crescendo mundialmente de forma acentuada, em idades cada vez mais precoces. Evidências recentes estimam que em 2022 ela ultrapasse a desnutrição em nível mundial. Vários estudos têm apontado fatores perinatais, entre os quais peso ao nascer e tipo de parto, como determinantes no desenvolvimento de obesidade no futuro. Objetivo: Avaliar a associação de fatores perinatais no desenvolvimento de obesidade em crianças e adolescentes de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Porto Alegre/RS. Métodos: Coorte retrospectiva, na qual, primeiramente, foram selecionadas todas as crianças e adolescentes cadastrados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) pela UBS Santa Cecília, entre 2008 e 2016, que apresentavam informações de peso e estatura. Posteriormente, foi realizado linkage com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), por intermédio do nome da mãe, data de nascimento e sexo da criança, de todas essas crianças e adolescentes, nascidas entre 2000 e 2014 em Porto Alegre, obtendo-se informação sobre as condições de pré-natal e perinatais. O desfecho principal do estudo foi a obesidade infantil, sendo considerado em menores de cinco anos valores de escore z superiores a +3,00 desviospadrão, e para maiores de cinco anos, superiores a +2,00 desvios-padrão. Do SINASC, foram extraídas as covariáveis maternas como idade, escolaridade, situação conjugal; pré-natais, como paridade e número de consultas de pré-natal; perinatais, como tipo de parto e peso ao nascer; enquanto sexo, idade, inserção no Programa Bolsa Família e número de avaliações antropométricas foram extraídas do SISVAN. Para analisar associação entre as covariáveis e o desfecho do estudo, foi utilizado Teste Qui-quadrado de Pearson, Exato de Fisher ou Correção de Continuidade, considerando um nível de significância de 5% (p<0,05) e um intervalo de confiança de 95%. As associações que apresentaram significância na análise bruta foram testadas por meio de regressão de Poisson. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Resultados: Foram incluídos 537 crianças e adolescentes entre zero a 15 anos cadastrados no SISVAN e no SINASC. A mediana para idade das crianças foi de oito anos (2-11). A prevalência de obesidade foi de 15,1% (n=81). No modelo ajustado por regressão de Poisson encontrou-se maior risco de obesidade em meninas, crianças com idade superior a cinco anos, nascidas por parto cesáreo e filhos de mães primíparas. O maior número de avaliações antropométricas cadastradas no SISVAN e a presença do benefício do Programa Bolsa Família se mostraram como fatores protetores para obesidade infantil na análise inicial, mas esse efeito não se manteve após regressão de Poisson. Conclusão: Nascimento por parto cesáreo, recém-nascidos do sexo feminino, filhos de mães primíparas e crianças maiores de cinco anos de idade apresentaram maior risco de obesidade na infância e na adolescência. |