Tratamento de água no ponto de uso por meio da associação de filtro biosand e adsorção com carvão de osso e alumina ativada visando a remoção de microrganismos, turbidez e fluoreto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Reina, Viviana Parada
Orientador(a): Benetti, Antônio Domingues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/253225
Resumo: Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o acesso à água potável e ao saneamento é um direito humano essencial para a existência de uma vida digna e produtiva. No entanto, estudos indicam que, no Brasil, 35 milhões de pessoas não tem acesso à água tratada, sendo que 30 milhões desta população residem em áreas rurais. No estado do Rio Grande do Sul (RS), os sistemas públicos de abastecimento de água são, em geral, limitados às áreas urbanas, motivo pelo qual as populações rurais necessitam recorrer a outras fontes de abastecimento, como poços. Contudo, é frequente a ocorrência de microrganismos e do íon fluoreto nestas águas, expondo a população a doenças de curto e longo prazos. Uma pesquisa recente indicou que cerca de um terço dos pequenos sistemas de abastecimento de água no RS apresentam alto risco de contaminação fecal. No presente trabalho, foi construído e avaliado um sistema de tratamento de água no ponto de uso (POU) constituído por um filtro biosand (BSF) seguido de colunas, em paralelo, de carvão de osso (BCF) e de alumina ativada (AAF) visando a remoção de microrganismos e fluoreto da água. Os filtros operaram em duplicata, recebendo água bruta constituída por água declorada contaminada com efluente de tratamento de esgotos sanitários, com adição de 20mg/L de fluoreto e turbidez de 25 UNT. O sistema operou durante 89 dias, com volume de água bruta constante (± 12L) e tempo de pausa de 24h. O crescimento de biofilmes nos meios suportes e a identificação de elementos presentes foram determinadas com Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Espectroscopia de Raios X de Energia Dispersiva (EDS). Após a estabilização e crescimento dos biofilmes, foram alcançadas remoções médias de E. coli, no BSF, AAF e BCF de, respectivamente, 97,8%, 100% e 100%. Para coliformes totais, as remoções nos filtros BSF, AAF e BCF foram de, respectivamente, 96,6%, 100% e 100%. As eficiências para turbidez foram 96,4%, 96,3% e 85,1% para os filtros BSF, AAF e BCF. Em relação ao fluoreto, o BCF e AAF alcançaram remoções de, respectivamente, 97,0% e 70,2%. Como esperado, a remoção mais baixa de fluoreto foi o do BSF, 16,3%. Os resultados desta pesquisa demonstraram que a adoção de BSF seguido por o BCF foi capaz de remover organismos fecais (E. coli) e fluoreto aos níveis requeridos pela legislação de qualidade da água para consumo humano no Brasil.