"Bricolagem é ter um problema para resolver" : o surrealismo no pensamento selvagem de Claude Lévi-Strauss

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Breunig, Humberto Dorneles
Orientador(a): Teixeira, Vítor Aquino de Queiroz D Ávila
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Art
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/282261
Resumo: Claude Lévi-Strauss, etnólogo francês, dedicou sua carreira a deglutir a massa de experiências etnográficas e de sua trajetória biográfica. Exilado nos Estados Unidos, insere-se na antropologia pela academia americana. Ao mesmo tempo, conhece André Breton e se aproxima de outros artistas surrealistas exilados. O pensamento formado nesse período fez com que Lévi Strauss se tornasse um expoente da Antropologia francesa. Ele conta com uma obra que relaciona estudos sobre parentesco, função simbólica, sistemas de classificação, arte e mitologia com influência dos métodos e análises da linguística estrutural. Apesar disso, pouco foi estudado acerca da maneira como o etnólogo justapôs no próprio pensamento, elementos, processos e operações contidas nas práticas artísticas dos surrealistas. Um estudo das aproximações significativas e dos afastamentos diferenciais, do conceito e da técnica de bricolagem contida no Pensamento selvagem de 1962, bem como das redes de contato com os grupos surrealistas, permite que se possa articular a experiência e o pensamento de Claude Lévi Strauss em suas interlocuções, com o seu percurso antropológico profissional. Os contínuos e descontínuos de sua obra, suas mudanças de plano e enfoque em relação a ideia de arte, os problemas e as formas com que foram levantados no Pensamento selvagem, tanto quanto as escolhas e os caminhos tomados, possibilitam pensar, sob outra perspectiva, os processos de construção de seu próprio pensamento.