Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Presotto, Elen |
Orientador(a): |
Talamini, Edson |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/245923
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Resumo: |
A economia é um subsistema de um sistema maior: a biosfera. Por outro lado, a economia de valor monetário ou o sistema de preços vigentes não considera essa dependência da biosfera e não remunera todos os insumos que realmente são utilizados como fatores de produção. A exemplo disso, os recursos da natureza (valor biofísico), por vezes, são tidos como dados. A falha em não medir a contribuição dos recursos biofísicos ao processo produtivo do subsistema econômico implica em um gap, entre o valor monetário e o valor bioeconômico. Ao se admitir a lógica fundamentada nas leis da termodinâmica defendida por Georgescu-Roegen para a análise do subsistema econômico, verifica-se um limite de recursos disponíveis na biosfera que podem ser transformados em matéria e energia. Somado a isso, tem-se a irreversibilidade do processo, que é a perda em função da transformação e dos resíduos, que são parte das saídas e da degradação da energia em forma de entropia. Howard T. Odum aproxima a lógica do valor monetário e do valor biofísico ao propor a Análise Emergética de sistemas, padronizando a mensuração dos recursos econômicos, da natureza e de serviços usados em processos produtivos em uma unidade comum, o Joule de energia solar equivalente (seJ). Essa situação é ainda mais complexa em nível macroeconômico e torna-se um aspecto importante a ser orientado por políticas públicas que buscam o desenvolvimento sustentável de uma nação. Nesse sentido, o objetivo desta tese é propor o Modelo de Insumo-Produto Emergético (MIPEm) como método de avaliação do valor bioeconômico e sua apropriação entre os setores ou subsistemas da economia brasileira. Centra-se, sobretudo, na discussão do distanciamento (gap) entre o valor biofísico e monetário, propondo o conceito de valor bioeconômico como forma de aproximação entre o sistema econômico e o sistema biofísico. Metodologicamente, a ideia do MIPEm foi construída a partir de uma crítica à teoria neoclássica embasada nas leis da termodinâmica e no conceito teórico de valor bioeconômico. A construção da Matriz Insumo-Produto Emergética possibilitou a análise aplicada do MIPEm e sua validação para a economia brasileira. Os resultados encontrados permitem estabelecer o grau de intensidade da PEm e sua participação, os índices de encadeamento, a decomposição pelo uso da emergia total (direta ou indireta) e a balança comercial. Em suma, verificou-se a existência de um gap, corroborado pelos resultados encontrados pelo MIPEm de grau de intensidade de apropriação do valor bioeconômico por unidade de demanda final. |