Dentifrício de baixa concentração de fluoreto : efeito em esmalte e dentina de dentes decíduos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Mariath, Adriela Azevedo Souza
Orientador(a): Araujo, Fernando Borba de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/194110
Resumo: Esta tese constituiu-se de três artigos que tiveram como objetivo: identificar a evidência científica disponível quanto à eficácia dos dentifrícios de concentração reduzida de fluoreto (500μgF/g) comparados ao dentifrício convencional (1100μgF/g) no controle de cárie dentária na infância; avaliar a desmineralização do esmalte e da dentina decídua frente ao desafio cariogênico na presença de dentifrício 500 F comparado ao 1100; avaliar a subtração radiográfica digital, comparada à microdureza transversa, como método de detecção de perda mineral em esmalte e dentina decíduos. Após a revisão sistemática da literatura (artigo 1), 177 publicações comparando dentifrícios de diferentes concentrações de flúor (F) foram identificadas e destas, apenas 10 foram selecionadas (4 experimentos in vitro; 1 in situ; 3 ensaios populacionais e 2 ensaios clínicos randomizados). Os estudos laboratoriais indicaram a superioridade do dentifrício 1100 em relação ao 500. Os estudos clínicos apontam para a equivalência de efeito entre 500 e 1100, exceto em crianças de diferentes perfis de atividade de cárie. Concluiu-se que não há evidência de superioridade de efeito do dentifrício 1100 em relação ao 500, exceto para crianças de alto risco ou com atividade cariosa. O artigo 2 constituiu-se de um experimento in situ cruzado randomizado no qual 15 voluntários utilizaram, em 3 fases de 14 dias, dispositivos palatinos contendo blocos de esmalte e dentina coronária decíduos. O desafio cariogênico (sacarose 20% 8x/dia) foi estabelecido concomitantemente ao uso de dentifrícios 500, 1100 e sem F Após cada fase experimental, o biofilme foi analisado e os blocos seccionados para aferir a microdureza transversa. Para a análise dos dados, ANOVA e teste de Tuckey foram utilizados. A concentração de F no biofilme do grupo sem F foi significativamente inferior aos grupos 500 e 1100, tanto em esmalte quanto em dentina. Em esmalte, a perda mineral foi significativamente maior no grupo placebo, sem diferença entre os grupos 500 e 1100. Em dentina, apenas o dentifrício 1100 teve menor perda mineral que o sem F em profundidade. Conclui-se que em esmalte, dentifrícios 500 e 1100 foram eficazes na prevenção da lesão cariosa. Porém, em dentina apenas o dentifrício 1100 inibiu a desmineralização. No artigo 3, os dados de microdureza (!S) foram relacionados à subtração radiográfica digital como método de aferição de perda mineral. Foram realizadas sobreposições das imagens radiográficas de esmalte e dentina antes e após o desafio cariogênico utilizando dentifrício sem F, 500 e 1100 ppm F. A subtração radiográfica identificou alterações na intensidade de pixel em esmalte e dentina, entretanto não se observaram diferenças significativas entre os tipos de dentifrícios. Em esmalte, não foram observadas correlações significativas entre !S e intensidade de pixel, independentemente da concentração de F do dentifrício. Em dentina, houve correlação significativa entre o !S e a subtração radiográfica somente no grupo do dentifrício sem F (!=180; p=0,01). Esses achados não suportam o uso da subtração radiográfica como único meio de aferição de perda mineral em modelos experimentais cuja magnitude de perda mineral seja compatível à da presente pesquisa.