Ecologia química de Tibraca limbativentris (Hem: Pentatomidae) e Telenomus podisi (Hym: Platygastridae) : implicações no manejo com feromônio sexual sintético e nas interações tritróficas mediadas por voláteis de Oryza sativa (Poaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Machado, Rita de Cássia de Melo
Orientador(a): Sant'Ana, Josue
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/184368
Resumo: O percevejo-do-colmo (Tibraca limbativentris Stål) é uma praga importante do arroz no Brasil. A aplicação desregrada de inseticidas é a única ferramenta comercialmente disponível para controlá-lo. Desta forma, estratégias alternativas mais sustentáveis devem ser investigadas para o manejo adequado dessa praga. Este trabalho teve como objetivos avaliar a atratividade de fêmeas de T. limbativentris a isômeros de zingiberenol (feromônio sexual) impregnados em septos de borracha, em condições de laboratório e de campo e estudar atividade quimiotáxica e parasitismo de Telenomus podisi (Ashmead) na presença de voláteis de plantas induzidos por herbivoria (VPIHs) (isolados e em misturas) identificados em plantas de arroz. A bioatividade de fêmeas de T. limbativentris (virgens e copuladas) em resposta a septos de borracha impregnados (1 mg /septo) com cada um dos isômeros (1 'R ou 1'S zingiberenol) ou com hexano (controle), foi avaliada em olfatômetro “Y” lavouras de arroz. Nos trabalhos de campo foram avaliadas dois tipos de armadilhas, feitas a partir de garrafas PET ou recipientes de plástico “Tupperware”. Também foram registradas as respostas quimiotáxicas de T. podisi (olfatômetro “Y”) a VPIHs sintéticos, a plantas de arroz com e sem danos de T. limbativentris, assim como, ao hexano (controle). Além disso, observou-se o sucesso de parasitismo em ovos de Euschistus heros Fabr., com e sem presença dos VPIHs. Em laboratório, as fêmeas de T. limbativentris foram mais atraídas para 1'S zingiberenol em relação ao hexano. Não houve diferença na atividade quimiotáxica quando elas foram expostas simultaneamente aos dois isômeros. Foram capturadas fêmeas apenas nas armadilhas de campo feitas a partir de garrafas PET contendo 1'S zingiberenol. Fêmeas de T. podisi foram mais atraídas para a mistura contendo todos os VPIHs, também demonstraram respostas positivas para (E)-2-hexenal, (E)-2-octen-1-ol, geranil acetona e salicilato de metila, isolados e combinados, em relação ao hexano. Os parasitoides foram mais atraídos por voláteis de plantas danificadas por T. limbativentris em relação a qualquer outro composto sintético (isolado ou em combinação), no entanto, não demonstraram preferência quando as plantas de arroz não danificadas e voláteis sintéticos de plantas foram oferecidos conjuntamente. Os VPIHs não incrementaram o sucesso de parasitismo de T. podisi.