Tipos e topos : arquitetura e movimento no conjunto habitacional Rubem Berta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silva, Bianca Spotorno da
Orientador(a): Aguiar, Douglas Vieira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/7875
Resumo: O objetivo deste trabalho é o estudo do processo de favelização em andamento no Conjunto Habitacional Rubem Berta, localizado na zona Nordeste da cidade de Porto Alegre. O foco da análise é a espacialidade arquitetônica e urbana, resultante da interação entre os blocos originalmente projetados e as construções realizadas de modo espontâneo pelos moradores do conjunto. A análise busca mostrar de que modo a lógica do movimento vem a determinar a forma dos espaços abertos, através de novos tipos arquitetônicos que se inserem no conjunto. Da interação entre os blocos de apartamentos originalmente projetados e as construções realizadas espontaneamente resultam novas e inusitadas relações espaciais. Essas relações obedecem a duas ordens distintas: uma oriunda da geometria cartesiana e outra resultante da experiência espacial. O resultado desse processo é a formação de híbridos, tanto em termos de tipos arquitetônicos quanto de tipos de espaço público. A peculiaridade do Rubem Berta vem, portanto, dessa característica de híbrido, fruto da adição de intervenções espontâneas ao projeto original, que segue a ortodoxia modernista. Híbridos gerados pela colisão de duas ordens distintas são espaços cujo conceito original é deturpado na adaptação ao mundo real. As intervenções espontâneas individuais, sem controle do poder público, proporcionam uma constante mutação, e caracterizam portanto uma configuração espacial fragmentada e efêmera. O trabalho se insere num contexto em que a crescente urbanização informal é uma problemática comum nas cidades do assim chamado Terceiro Mundo, e em especial nas grandes cidades brasileiras.