Avaliação do potencial antimicrobiano de extratos obtidos com diferentes solventes de aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) e chinchilho (Tagetes minuta Linnaeus)

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: Bilhalva, Katiúscia Barbosa
• Orientador(a): Mello, Joao Roberto Braga de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Óleos essenciais; Solventes; Resistência a antimicrobianos; Schinus terebinthifolius Raddi; Tagetes minuta; Farmacologia veterinaria : Plantas
• Palavras-chave em Inglês: Medicinal plants; Antimicrobial essential oils
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/206753

Diversas plantas têm sido utilizadas para o tratamento de enfermidades de importância em medicina veterinária e vêm despertando interesse da comunidade científica quanto a sua ação antimicrobiana como as espécies, Schinus terebenthifolius Raddi e Tagetes minuta Linnaeus. Devido à importância do conhecimento do potencial da atividade antimicrobiana destas espécies, objetivou-se: (i) avaliar a ação antimicrobiana de extratos de diferentes partes das plantas obtidos com solventes de diferentes polaridades e do óleo essencial de Schinus terebinthifolius Raddi e Tagetes minuta L.; (ii) determinar os extratos mais eficazes no controle da atividade antimicrobiana frente às bactérias isoladas de leite bovino; (iii) analisar o sinergismo in vitro das diferentes partes das plantas com antimicrobianos comerciais; (iv) avaliar os efeitos citotóxicos dos extratos mais eficientes; (vi) avaliar o rendimento dos óleos essenciais das diferentes partes das plantas; (vii) avaliar a atividade antimicrobiana do óleo essencial extraído de diversas partes das plantas; (viii) caracterizar os compostos fenólicos e antocianinas. O material vegetal foi encaminhado para extração no aparelho Soxhlet pelo método IUPAC 1.122 (1979) com uso de cinco diferentes solventes e para o óleo essencial por hidrodestilação em Clevenger. Para realização dos testes in vitro foi utilizado o método de microdiluição serial em placas para ser determinada a concentração inibitória mínima (CIM), Os microrganismos testados foram: Escherichia coli (ATCC 8739), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 15442), Staphylococcus aureus (ATCC 12600), Staphylococcus sp. e Streptococcus agalactiae. Foram realizados antibiogramas controle e tratamento através da metodologia dos discos adaptada, utilizados os seguintes antibióticos, amoxicilina, ampicilina, gentamicina, penicilina e tetraciclina. Para os testes de citoxicidade utilizou microplacas contendo Meio Essencial Mínimo (MEM), soro fetal bovino a 10% (Gibco), enrofloxacina (10mg ml-1) e anfotericina B (0,025 μg ml1), e preparadas células da linhagem MDBK (Madin-Darby bovine kidney). A quantificação dos compostos fenólicos totais dos extratos foi de acordo com Swain e Hillis (1959) com adaptações. O extrato metanólico apresentou melhor resultado contra as bactérias Gram positivas, o extrato metanólico aroeira fruto maduro apresentou, valores de CIM significativos frentes as cepas Gram negativas. Os extratos metanólico da folha do chinchilho apresentoram melhor resultado contra todas as cepas, e o extrato chinchilho flor metanol mostrou maior eficiência para as bactérias Gram-negativas. A maior porcentagem de teor de óleo essencial foi no fruto maduro 5,85% e o menor valor foi na folha verde 0,52%. Os óleos com menores valores de CIM foi folha verde e do fruto maduro, para as bactérias Staphylococcus sp. 6%, e Staphylococcus aureus ATCC 8% respectivamente. No chinchilho a maior porcentagem de teor de óleo essencial foi na folha, com valor de 1,11% e na flor com o valor de 0,68%. Os menores valores de CIM em relação às bactérias Gram negativas foi às partes da folha e da flor do chinchilho para a bactéria Escherichia coli ATCC de 20%. A semente foi o melhor resultado sobre a cepa de Staphylococcus aureus ATCC, valor de CIM de 25%. O gênero Streptococcus apresentou efeitos sinérgicos frente aos antibióticos utilizados nas associações com os extratos, o extrato Chinchilho Folha foi menos tóxico, viabilidade celular de 96%.