Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Dorigon, Thomas |
Orientador(a): |
Garcez, Pedro de Moraes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/148497
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Resumo: |
O presente estudo analisa o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros, Celpe-Bras, como instrumento de política linguística, entendido como uma avaliação orientada para o uso (Shohamy, 2006, 2007; McNamara, 2010, Da Silva, 2011). Através da coleta de materiais documentais e da revisão de literatura, este trabalho busca a) problematizar o uso e a implicação do uso dos termos instrumento de política linguística para tratar de exames de línguas, b) analisar se o Celpe-Bras é um instrumento de política linguística e c) se sim, como é utilizado. Partindo do entendimento de políticas linguísticas como processos complexos sujeitos a interpretações dos agentes que as implementam (Johnson, 2013) e de que as políticas linguísticas expressas em textos e discursos não necessariamente correspondem à política linguística efetiva (Shohamy, 2006), as análises aqui empreendidas verificam quais são os propósitos declarados e os objetivos de política linguística quando da criação do Celpe-Bras – o que aparece nos documentos e discursos – e como esses propósitos e objetivos se materializam, atentando para instâncias de repercussão do Celpe-Bras. As análises também identificam pautas econômicas, sociais, políticas, ideológicas e culturais com as quais o Celpe-Bras se vincula, e explicitam como se dá esse vínculo. O trabalho aponta para o Celpe-Bras como um instrumento de política linguística, utilizado por professores, pesquisadores, profissionais e docentes de universidades ligados à área de PLA para a implementação de políticas linguísticas, cujos efeitos vão além da pauta educacional. Esses agentes não apenas implementam as políticas, como também se apoderam do construto teórico do Celpe-Bras como orientador para planejarem aulas, discutirem conceitos, fornecerem explicações, estruturarem currículos etc. Eles são, portanto, ativos no processo de criação e implementação de políticas linguísticas. O presente estudo visa a contribuir para um melhor entendimento sobre o papel do Celpe-Bras e dos agentes envolvidos na conversão de políticas em materializações, bem como legitimar o exame como avaliação de proficiência do português brasileiro. |