Deus e o primeiro motor movente : uma análise lógica da primeira via de Tomás de Aquino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Siqueira, Cassiano Medeiros
Orientador(a): Fleck, Fernando Pio de Almeida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
God
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/71940
Resumo: Entre as cinco provas da existência de Deus que Tomás de Aquino apresentou na Summa Theologiae, sobressai a chamada “primeira via”, considerada pelo autor como a “mais manifesta”. Esta dissertação formaliza-a em lógica quantificacional, explicitando cada uma das inferências a fim de julgar sua validade e correção. Depois de explicadas as teses metafísicas que constituem o cenário da discussão — como a doutrina aristotélica das quatro causas e as distinções entre substância e acidente, ato e potência —, são examinadas as objeções de Anthony Kenny (1969) e as sugestões interpretativas de John Wippel (2000) em defesa do raciocínio de Tomás. Mostra-se que a primeira parte, que procura demonstrar a irreflexividade do movimento, é um argumento válido, mas incorreto, por conter uma premissa falsa: aquela que afirma sem restrições a atualidade do movente. Já a segunda parte, o argumento contra o regresso infinito, contém uma ambiguidade que o deixa diante de duas alternativas: ou se trata de uma petição de princípio ou de uma falácia de equivocidade. Dado o fracasso material e formal da prova, é proposta finalmente uma abordagem não-dedutiva do problema.