Filogenia de Elaeniinae (Aves : Passeriformes: Tyrannidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Franz, Ismael
Orientador(a): Martins, Márcio Borges
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/198712
Resumo: Comparada com outras notórias famílias de pássaros, Tyrannidae é menos conhecida em termos de relações internas, apesar de sua grande representatividade na avifauna americana (436 espécies). Elaeniinae compreende pequenos e inconspícuos pássaros que se alimentam de insetos em áreas abertas ou arbustivas, sendo uma das subfamílias mais diversas de aves (106 espécies). Membros do grupo estão entre as aves mais difíceis de se diferenciar morfologicamente. Neste estudo foi realizada uma análise filogenética, compreendendo 84 espécies no grupo interno e 28 no externo, a partir de uma nova matriz de caracteres osteológicos contendo 151 caracteres. Os poucos caracteres propostos na literatura foram discutidos e reavaliados. A árvore de consenso estrito, produzida por meio de “novas tecnologias” no software TNT, apresentou boa resolução. A subfamília foi recuperada como monofilética, diferente das suas duas tribos, não recuperadas. Suiriri foi identificado como táxon mais basal por compartilhar estados de caracteres com o grupo externo, que foi parcialmente resolvido Todos os gêneros foram recuperados como monofiléticos, exceto: Mecocerculus, que apresenta ao menos dois grupos bem suportados, necessitando a descrição de um gênero novo; Serpophaga é polifilético, sendo necessária a ressurreição de Ridgwayornis para duas espécies (R. nigricans e R. cinerea); Phyllomyias é polifilético e pode apresentar diversos agrupamentos, necessitando mais terminais na análise. A topologia recuperada concorda em grande parte com as filogenias moleculares existentes, mas vai além e esclarece algumas relações até então desconhecidas. Essa similaridade entre as hipóteses é maior do que a do presente estudo com a pesquisa pioneira de Lanyon (1988), cujos problemas metodológicos são expostos. Este estudo demonstra inequivocamente a existência de sinal filogenético e utilidade das evidências fenotípicas nas reconstruções cladísticas.