Associação entre necessidade de tratamento odontológico normativa e autopercebida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Delela, Fernanda Crestina Leitenski
Orientador(a): Abegg, Claídes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/238657
Resumo: Objetivos: Investigar a associação entre a necessidade normativa e a autopercepção de necessidade de tratamento odontológico em adolescentes com idades entre 15 e 19 anos de municípios do Estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com 1771 adolescentes na faixa etária de pesquisa, matriculados em escolas de 36 municípios do Estado do Rio Grande do Sul. O critério clínico utilizado para determinar a necessidade de tratamento odontológico foi a resposta afirmativa ao exame clínico para uma ou mais variáveis de presença de cárie, sangramento, trauma, necessidade de tratamento restaurador e necessidade de tratamento estético. O instrumento utilizado para avaliar a autopercepção da necessidade de tratamento foi a resposta ao questionamento: “ Você acha que precisa de tratamento dentário atualmente?” Resultados: Dos 1.771 adolescentes, 301 foram excluídos porque não souberam responder o questionamento sobre autopercepção. Dos 1470 examinados, 55,9% eram do sexo feminino, 47,1% possuíam renda média familiar de R$ 501 a R$ 1500 e 39,3% contavam com a escolaridade da mãe entre 5 e 9 anos de estudo. Em relação à amostragem total, 87,40% possuíam necessidades normativas. Quanto à autopercepção, 74,60% referiu perceber a necessidade de tratamento odontológico. Houve associação positiva significativa entre avaliação autopercebida positiva de necessidade de tratamento odontológico e avaliação normativa. O valor da sensibilidade foi de 76,90% e da especificidade, 40,90%. O valor preditivo positivo foi de 90%, mas o valor preditivo negativo foi baixo, 20,30%. Discussão: Os resultados deste estudo mostraram alta concordância entre necessidade de tratamento autopercebida positivamente com necessidade de tratamento avaliada clinicamente, sendo que a autopercepção dos adolescentes não sofreu interferência significativa da renda média familiar e da escolaridade da mãe. Conclusões: a autopercepção positiva de necessidade de tratamento odontológica em jovens, pode ser utilizada como um instrumento de avaliação das condições de saúde bucal, uma vez que vai ao encontro das necessidades normativas. Porém a autopercepção negativa para necessidades de tratamento odontológica não demonstrou a mesma confiabilidade, não podendo ser aceito como um parâmetro para essa avaliação.