O mercado de carne ovina do Rio Grande do Sul sob a ótica de compradores organizacionais dos canais de distribuição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Casaca, João Victor Viganigo da Silva
Orientador(a): Barcellos, Marcia Dutra de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/171373
Resumo: Temos no Brasil um mercado carente por carne ovina de qualidade e com regularidade, que a considera um produto diferenciado, mas que ainda a consome muito pouco. As empresas que produzem carne ovina tem aí uma oportunidade de negócios bastante interessante, porém as ações produtivas devem estar alinhadas à demanda deste produto. Nesta linha, não só o consumidor final é importante à dinâmica do mercado da carne ovina, mas também quem o atende, por este motivo entender o comportamento do cliente organizacional é essencial à definição de um posicionamento assertivo da cadeia produtiva de carne ovina. Em função disto, o objetivo deste trabalho foi analisar o mercado de carne ovina do Rio Grande do Sul sob a ótica de compradores organizacionais dos canais de distribuição. A coleta de dados se deu através de entrevistas em profundidade de trinta e dois (32) agentes do canal de distribuição de carne ovina distribuídos em três das principais cidades do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria. Os resultados da pesquisa são apresentados em quatro blocos: 1) Processo de compra: Compras regulares e semanais, a quantidade é determinada pela demanda, qualidade (acabamento de gordura, tamanho e peso) e preço são os critérios principais de compra. Há preferência por carne de cordeiro, informações sobre o produto são geralmente fornecidas pelo próprio fornecedor. Nenhuma ação específica entre estabelecimentos e fornecedores para a melhoria de processos e produtos; 2) A carne ovina em relação às outras carnes: produto complementar, com consumo eventual, produto diferenciado com sabor único, mas com preço elevado e sabor considerado “forte” por alguns consumidores; 3) O mercado da carne ovina no RS: Há baixa variação de preços durante o ano. Não há conhecimento sobre produção regional, exceto em Santa Maria. Estabelecimentos não fazem distinção entre a carne produzida na região e fora, afirmam preferir a carne gaúcha, entretanto o que mais importa são os requisitos de qualidade. Muitos consumidores não se interessam pela origem do produto; 4) Fechamento e perspectivas: Falta para a cadeia integração entre elos, aumentar a oferta, padronização dos produtos, divulgação e educação do consumidor. Acreditam no crescimento de mercado, se dificuldades forem revertidas. Por fim, são apresentadas sugestões de melhoria para a cadeia como um todo, formas de promoção da carne ovina e estratégias para agregação de valor ao produto.