Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Bueno, Kim Amaral |
Orientador(a): |
Bordini, Maria da Glória |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/33331
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Resumo: |
A análise comparativa entre o romance de Franz Kafka, O processo, e o filme homônimo de Orson Welles pretende compreender de que maneira a obra cinematográfica transcria o universo kafkiano, levando à tela cinematográfica o tempo, o espaço e o protagonista, a partir do hipotexto literário. As estratégias narrativas empregadas na produção da película problematizam a posição do narrador, onisciente no romance, mas que, no filme, salvo as evidentes diferenças narratológicas inerentes aos códigos, é produzido através de um “jogo de vozes”, partindo da parábola “Diante da Lei”, utilizada no incipit fílmico. O tempo e o espaço são configurados mantendo os traços “expressionistas” de Kafka, produzindo zonas de indeterminação temporais e topológicas que corroboram a inação do protagonista. O conceito de “estado de exceção”, esboçado por Giorgio Agamben, permite pensar que a origem do processo movido contra Josef K., de desconhecidas motivações, reside num poder de domínio e controle que antecede a própria lei. A aproximação do protagonista de Kafka e de Welles à figura do homo sacer é possível tanto pelo estatuto da ação que ele exerce em função da necessidade de defesa (o que caracteriza a sua inação, uma vez que não há “progressão”, a despeito das suas tentativas de produzir uma primeira petição de defesa), quanto das “deformidades” que o caracterizam, incorporando-o ao bando das personagens “monstruosamente” híbridas de Kafka. Porém, a “deformidade” que marca K. e o exclui da comunidade regida pelo ordenamento legal não está aparente, mas age biologicamente, estabelecendo um secreto mecanismo de controle cujo poder de decisão age sobre a orgânica morte, a extirpação de uma vida simplesmente “matável e insacrificável”. |