Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Casagrande, Aline Spader |
Orientador(a): |
Andrade, Cristiano Feijó |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/240580
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Resumo: |
O diafragma é um músculo esquelético que divide o tórax do abdome, é o principal músculo respiratório, contribuindo com cerca de 70% do volume corrente durante a inspiração. Como qualquer músculo o diafragma é suscetível a perda de massa e atrofia causada pelo desuso que pode ocorrer em uma série de situações distintas. O uso da eletricidade para evocar contrações diafragmáticas pode trazer benefícios clínicos como auxiliar ou mesmo manter a ventilação artificial, além de permitir treinamento muscular. Atualmente o treinamento da musculatura ventilatória é de difícil condução por sua localização e particularidades funcionais, aparelhos geradores de corrente elétrica disponíveis no mercado, os marcapassos diafragmáticos, são introduzidos através de procedimentos invasivos e não isentos de risco. O objetivo do estudo foi desenvolver um método de implantação transtorácica de eletrodos guiada por ultrassonografia para estimulação elétrica do diafragma em suínos. Foram utilizados 5 suínos mantidos em ventilação mecânica seguindo protocolo anestésico padronizado, submetidos a exploração da base do tórax com ultrassonografia com visualização da zona de aposição diafragmática e implantação transtorácica de eletrodo guiado por ultrassonografia. Foi realizado um protocolo de estimulação elétrica do diafragma através do eletrodo implantado, e registrada a amplitude da movimentação diafragmática e a espessura do diafragma durante a inspiração e expiração. A fração de espessamento diafragmático, que reflete indiretamente a atividade contrátil do diafragma, foi calculada com auxílio do ultrassom, avaliando o efeito do eletroestimulo. Os mesmos registros foram obtidos durante a ventilação passiva sem bloqueio neuromuscular para comparação. Não foram observadas complicações importantes no procedimento de implantação do eletrodo. A mediana de amplitude da movimentação diafragmática incluindo ambas as cúpulas diafragmáticas durante a ventilação passiva comparada a amplitude aferida durante eletroestímulo não apresentou diferença estatisticamente significativa. A fração de espessamento diafragmático foi maior durante a eletroestimulação em relação a ventilação passiva, demonstrando maior atividade contrátil do diafragma com o eletroestímulo. Concluímos que a estimulação elétrica do diafragma com eletrodos implantados de forma transtorácica é factível e reprodutível. O desenvolvimento deste modelo pode tornar a estimulação elétrica diafragmática possível de forma minimamente invasiva e uma alternativa eficaz para evitar a atrofia de desuso em pacientes em ventilação mecânica. |