Análise de algoritmos empíricos de concentração superficial de Clorofila-a para o Sensor SeaWIFS na região sudoeste do Oceano Atlântico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Omachi, Claudia Yuki
Orientador(a): Garcia, Carlos Alberto Eiras
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/238616
Resumo: A concentração de pigmentos fitoplanctônicos nos oceanos pode ser estimada por sensores remotos a bordo de satélites. Para isso, torna-se necessário o estabelecimento de algoritmos bio-ópticos que relacionem a radiação visível emergente da superfície do mar com a concentração supeficial de pigmentos. Dados radiométricos e de concentração superficial de clorofila-a foram simultaneamente coletados entre 1995 e 1998, na região Sudoeste do Oceano Atlántico (SOA), para derivar algoritmos empíricos para o sensor SeaWiFS. Tais algoritmos requerem como entrada razão entre reflectâncias das bandas e assim, uma análise da influência da atmosfera sobre a irradiância foi feita, através do uso de um modelo de atenuação espectral da irradiância. Esta análise mostrou que a irradiância é pouco afetada pelos parâmetros analisados (visibilidade, ozônio e vapor de água precipitável), sendo que o vapor de água precipitável afetou apenas a banda de 670 nm, e mesmo assim, muito pouco. A razão entre as irradiâncias das bandas sofreu menor influência atmosférica do que a irradiância, sendo que a razão entre 490 e 510 nm foi a que sofreu menor influência. Outro importante resultado foi que para ângulos solares menores que 40º, as razões entre irradiâncias Ed(490)/Ed(510), Ed(490)/Ed(555) e Ed(510)/Ed(555) são praticamente invariantes, dentro dos limites atmosféricos analisados. Os resultados obtidos mostraram que técnicas de modelagem são recomendadas para contornar a falta de medições da irradiância espectral descendente. Na análise dos algoritmos empíricos de concentração superficial de clorofila-a na região SOA, uma série de critérios estatísticos e gráficos foram adotados para a avaliação do desempenho. Nenhum dos algoritmos empíricos históricos aplicados à região SOA apresentou resultados que atendessem a esses critérios, evidenciando que os algoritmos globais de processamento dos dados da cor do oceano ainda não são totalmente adequados nesta região. Algoritmos empíricos regionais desenvolvidos a partir do banco de dados SOA apresentaram boas relações empíricas entre os dados logaritmizados de concentração superficial de clorofila-a e de razão entre reflectâncias das bandas, descritas por equações lineares. Estes algoritmos apresentaram estimativas de concentração de clorofila-a melhores que os históricos, mostrando que a razão entre reflectãncias das bandas 490 e 555 nm é a mais indicada para estimar a concentração superficial de clorofila-a no SOA. No entanto, a precária representatividade e o pequeno número de dados bio-ópticos dificultaram a análise dos algoritmos, tanto históricos quanto os regionais, tornando evidente a necessidade de ampliar este banco de dados. Recomenda-se ainda que amostragens da região do SOA sejam incluídas no desenvolvimento de futuros algoritmos globais para que estes sejam consistentes também para essa região.