Caracterização sedimentológica e estratigráfica de reservatórios mistos do albiano da plataforma de regência, porção terrestre da Bacia do Espírito Santo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Beggiato, Lucas Duarte
Orientador(a): De Ros, Luiz Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/94674
Resumo: A constante intercalação entre rochas siliciclásticas, carbonáticas e hibridas gerou complexos reservatórios de petróleo na seção albiana (Grupo Barra Nova) da plataforma de Regência, porção emersa da bacia do Espírito Santo. O principal objetivo do trabalho é compreender o ambiente deposicional da sucessão sedimentar mista carbonática-siliciclástica albiana do Grupo Barra Nova nesta área e os fatores que condicionam a qualidade dos seus reservatórios. As rochas que compõe a sucessão estudada foram caracterizadas como rochas siliciclásticas, compostas por mais de 2/3 de grãos siliciclásticos, rochas carbonáticas, compostas por mais de 2/3 de grãos aloquímicos, e rochas hibridas, que possuem entre 1/3 e 2/3 de grãos siliciclásticos, sendo o restante de aloquímicos. Os grãos siliciclásticos são angulosos, mal a moderadamente selecionados, ricos em feldspatos, granadas e pesados, derivados de depósitos de primeiro ciclo, indicando transporte e deposição rápidos. Os grãos carbonáticos se encontram retrabalhados, apresentando abrasão dos envelopes dos oncolitos. A presença constante de grãos carbonáticos, inclusive nas rochas siliciclásticas, indica que as fábricas carbonáticas de água rasa eram permanentemente atuantes durante toda a deposição da sucessão analisada. Fatores como a re-deposição dos grãos carbonáticos, a intercalação caótica entre rochas carbonáticas, siliciclásticas e híbridas além do domínio de rochas maciças indicam que a deposição ocorreu principalmente por fluxos gravitacionais. Apesar da alta frequência de intercalação, foi possível reconhecer sequencias através da correlação entre as fácies e os perfis elétricos. Sequencias de 4ª ordem foram definidas pelo empilhamento de siliciclásticos finos, gradando a siliciclásticos grossos, a arenitos híbridos, culminando em carbonatos no topo. Mudanças climáticas e a variação relativa do nível do mar (influenciado pela tectônica salífera) controlaram o domínio de depósitos carbonáticos ou siliciclásticos. Durante períodos secos e de mar alto, havia aumento da fábrica carbonática enquanto períodos úmidos e de nível de mar baixo o aporte de siliciclásticos era preponderante.